Um ex-engenheiro da Intel está sendo processado por roubar cerca de 18 mil documentos confidenciais nos dias antes de sua demissão oficial. Ele teria usado dispositivos externos para copiar dados ultrassecretos sem autorização.
A Intel busca uma indenização de US$ 250 mil e não consegue contato com o ex-funcionário há mais de três meses. O caso envolve acusação de violação de segredos comerciais e medidas legais para recuperar os arquivos.
Este incidente acontece em meio a um momento difícil para a Intel, que enfrenta cortes em sua equipe e investiga outros casos semelhantes de vazamento de informações sigilosas.
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A Roubo de arquivos da Intel é o centro de uma ação judicial movida pela Intel contra um ex-engenheiro de software, Jinfeng Luo. Ele é acusado de apropriação indevida de aproximadamente 18 mil arquivos, muitos dos quais continham informações ultrassecretas, tudo isso nos dias que antecederam sua demissão.
A Intel busca uma compensação financeira de US$ 250 mil (aproximadamente R$ 1,3 milhão) e alega que o ex-funcionário não responde às tentativas de contato por mais de três meses. Luo, que estava na Intel desde 2014, foi notificado de sua demissão em 7 de julho de 2024, com seu último dia de trabalho agendado para 31 de julho, embora o motivo da demissão não tenha sido especificado no processo.
A ação judicial detalha duas tentativas de Luo de extrair dados da empresa após ser informado de sua demissão. Na primeira tentativa, cerca de oito dias antes do término do contrato, Luo conectou um disco rígido externo ao seu laptop corporativo. Contudo, os sistemas de segurança da Intel bloquearam a transferência de um arquivo confidencial.
Cinco dias depois, Luo tentou novamente, desta vez usando um dispositivo de armazenamento conectado à rede (NAS), que funciona como um pequeno servidor. Nos três dias seguintes, ele conseguiu baixar quase 18 mil arquivos, incluindo dados confidenciais. A natureza exata das informações não foi revelada publicamente.
A Intel afirma que detectou as transferências de dados e iniciou uma investigação interna imediatamente. Após a descoberta, a empresa tentou contatar Luo por quase três meses, usando vários métodos, incluindo telefonemas, e-mails e cartas enviadas pelo correio.
De acordo com a ação judicial, Luo se recusou a dialogar com a Intel e a devolver os arquivos. Diante da falta de resposta, a Intel recorreu ao sistema judicial, acusando-o de violar leis federais e estaduais sobre segredos comerciais. Além da compensação monetária, a Intel busca uma ordem judicial para inspecionar os dispositivos eletrônicos pessoais de Luo e a devolução de todas as informações confidenciais copiadas.
Este não é um incidente isolado na Intel. Em agosto, outro ex-engenheiro foi condenado a dois anos de liberdade condicional e multado em US$ 34 mil por copiar ilegalmente informações da empresa, que foram usadas para conseguir um emprego na Microsoft. A Intel também está passando por uma reestruturação, com 35 mil cortes de empregos em menos de dois anos, devido a desafios financeiros.
Via Tecnoblog
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