Por que os cancelamentos de voos nos EUA devem aumentar ainda mais

Cancelamentos de voos nos EUA crescem com neve e crise política. Entenda os impactos e o que esperar nas próximas semanas.
10/11/2025 às 13:02 | Atualizado há 3 horas
               
Cancelamentos de voos
Neve em Chicago piora os efeitos do shutdown e complica a vida na cidade. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

A situação dos aeroportos dos EUA se complica com neve intensa em Chicago, um dos principais hubs do país. As restrições governamentais já duram quatro dias, e o número de cancelamentos de voos continua aumentando, afetando passageiros e companhias aéreas.

Os aeroportos de Chicago O’Hare, LaGuardia e Newark Liberty são os mais impactados, com cerca de 8% dos voos cancelados. A crise política em Washington e a falta de pagamento dos controladores de tráfego aéreo agravam a situação, levando a atrasos e cancelamentos crescentes.

A Administração Federal de Aviação (FAA) limita o número de voos diários, com a previsão de atingir até 10% de cancelamentos até sexta-feira. Isso gera transtornos para conexões internacionais e aumenta os custos operacionais das companhias aéreas, dificultando a normalização das viagens.
A situação nos aeroportos dos EUA está cada vez mais complicada. A neve em Chicago, um dos principais centros de aviação do país, tem intensificado o caos nas viagens aéreas. As restrições governamentais obrigatórias para voos já estão em seu quarto dia, e o número de cancelamentos de voos continua a aumentar, impactando passageiros e companhias aéreas.

De acordo com dados da empresa de análise de aviação Cirium, os cancelamentos de voos nos aeroportos dos EUA atingiram 1.432 até as 7h15, horário de Nova York. Esse número representa aproximadamente 5,5% dos 25.733 voos programados para o dia. A situação é dinâmica, com a empresa indicando que o número de cancelamentos de voos está em constante crescimento.

Os aeroportos de Chicago O’Hare International, LaGuardia e Newark Liberty International são os mais afetados pelos cancelamentos de voos, com pelo menos 8% de seus voos programados cancelados. A Delta Air Lines Inc. é a companhia aérea com o maior número de cancelamentos de voos até o momento.

O aumento de cancelamentos de voos e atrasos tem causado transtornos significativos para passageiros e tripulações, desorganizando horários e planos de viagem. A situação tende a se agravar com o clima de inverno em Chicago, onde a previsão é de neve na área metropolitana, segundo o Serviço Nacional de Meteorologia.

Além dos problemas climáticos, o impasse político em Washington também contribui para a crise nos aeroportos. A paralisação do governo já ultrapassou 40 dias, e os controladores de tráfego aéreo estão prestes a perder seu segundo pagamento. A Administração Federal de Aviação (FAA) já emitiu alertas sobre atrasos devido à falta de pessoal em grandes áreas de aeroportos e espaço aéreo nos EUA.

O Secretário de Transportes dos EUA, Sean Duffy, alertou que a pressão sobre o sistema de tráfego aéreo pode levar a uma paralisação quase total se a situação persistir, especialmente com a aproximação da movimentada temporada de viagens do Dia de Ação de Graças. Como medida preventiva, a FAA está limitando o acesso de jatos particulares a alguns dos principais aeroportos do país.

Os cortes impostos pelo governo no volume diário de voos estão aumentando gradualmente. A partir das 6h de terça-feira, as companhias aéreas serão obrigadas a cancelar 6% de seus serviços, em comparação com os 4% desde a última sexta-feira. A previsão é que esse número chegue a 10% dos voos diários até a próxima sexta-feira.

Embora os cortes obrigatórios não afetem diretamente os voos internacionais, passageiros com conexões para ou de viagens fora dos EUA também sofrem impactos. Aeronaves de companhias estrangeiras precisam aguardar em longas filas de voos domésticos americanos que aguardam decolagem devido à falta de pessoal.

Analistas da Bloomberg Intelligence, George Ferguson e Melissa Balzano, observam que as interrupções aumentarão os custos para as companhias aéreas, devido a despesas como salários de pilotos. A paralisação, no entanto, pode melhorar as margens das companhias aéreas domésticas no quarto trimestre, com a eliminação de rotas menores e não lucrativas.

Via InfoMoney

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.