10/11/2025 às 14:41 | Atualizado há 3 horas
               
Vendas de minério da Vale
Vale diversifica mercados além da China com crescimento das siderúrgicas em emergentes. (Imagem/Reprodução: Investnews)

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Diante de um cenário global de crescente influência da China sobre os preços do minério de ferro, a Vale busca diversificar suas fontes de receita. A empresa está expandindo suas vendas de minério da Vale para mercados emergentes como Índia e Vietnã, além de explorar novas oportunidades no Sudeste Asiático e Oriente Médio.

Essa estratégia de diversificação da Vale surge em um momento crucial, onde a China, embora ainda represente cerca de metade de sua receita operacional, intensifica seus esforços para controlar os preços do minério de ferro. A mudança para novos mercados reflete uma adaptação proativa às dinâmicas do mercado global.

Gustavo Pimenta, presidente da Vale, destacou que essa movimentação é uma progressão natural, impulsionada pelo crescimento das indústrias siderúrgicas em outros países e pela mudança de foco da China para o consumo interno e tecnologia. A empresa busca, assim, reduzir sua dependência do mercado chinês.

Em resposta às negociações contratuais entre a China e o BHP Group, Pimenta afirmou que nenhum dos agentes tem poder absoluto sobre os preços em um mercado equilibrado. Ele enfatizou que a Vale reconhece o valor de seu produto para os clientes finais, assegurando a estabilidade nas relações comerciais.

A Vale almeja um crescimento considerável na Índia, com o objetivo de superar os atuais 10 milhões de toneladas anuais de vendas de minério. A empresa considera a possibilidade de desenvolver unidades de processamento ou estabelecer parcerias com empresas locais para fortalecer sua presença no mercado indiano.

A entrada em operação do complexo de Simandou, na Guiné, não deve desequilibrar o mercado, segundo Pimenta. A previsão é que o mercado se mantenha equilibrado devido à redução anual de 50 a 60 milhões de toneladas e à inviabilidade de outras 150 milhões de toneladas caso os preços caiam abaixo de US$ 90 por tonelada.

Apesar da presença de empresas chinesas entre os proprietários de Simandou, Pimenta não vê o projeto como um fator que possa alterar significativamente o poder de precificação da China. A demanda global por minério de ferro continua a ser superior à capacidade de oferta de Simandou.

A China Mineral Resources Group (CMRG), principal compradora de minério de ferro do mundo, busca reequilibrar as negociações com a Vale e suas concorrentes. A Vale está atualmente envolvida em negociações com a CMRG e siderúrgicas sobre os volumes para o próximo ano.

Pimenta tem como meta maximizar a produção de minério de ferro e aumentar a eficiência da empresa, mesmo com o enfraquecimento da demanda chinesa. A Vale busca se consolidar como a principal fornecedora de minério de alta qualidade, contribuindo para a redução de emissões nas usinas siderúrgicas.

A Vale espera recuperar sua posição como a maior produtora de minério de ferro do mundo ainda este ano, após superar as interrupções causadas por desastres em barragens de rejeitos. A previsão de produção para o próximo ano é de 340 milhões a 360 milhões de toneladas.

A empresa também planeja dobrar sua capacidade de produção de cobre para 700 mil toneladas até 2035, com foco no desenvolvimento de seus próprios ativos, principalmente na Amazônia brasileira, em vez de buscar novas aquisições. A Vale está atenta às oportunidades de crescimento e otimização de seus recursos.

Via InvestNews

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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.