Quanto custa um cartão de crédito brasileiro na Dark Web?

Estudo revela preço médio e riscos de cartões de crédito brasileiros roubados vendidos na Dark Web.
10/11/2025 às 16:45 | Atualizado há 3 horas
               
Roubo de cartão de crédito
Preço médio de cartões roubados no Brasil sobe para US$ 10,70 na Dark Web em 2025. (Imagem/Reprodução: Tecmundo)

Um estudo recente da NordVPN mostrou que um cartão de crédito brasileiro vale em média US$ 10,70 na Dark Web, cerca de R$ 57. A pesquisa analisou mais de 50 mil cartões roubados e revelou um mercado criminoso altamente estruturado.

O Brasil é um dos principais alvos do chamado carding, a indústria de cartões roubados, e o preço médio desses cartões aumentou 26% desde 2023. A valorização está ligada ao aumento das medidas de segurança que dificultam o roubo e uso dos dados.

Além do preço, a validade do cartão influencia seu valor para os criminosos. Especialistas recomendam cuidados como monitorar extratos, ativar alertas e usar autenticação multifator para reduzir os riscos de fraudes online.
De acordo com um estudo recente da NordVPN, um Roubo de cartão de crédito pode render aos cibercriminosos cerca de US$ 10,70, aproximadamente R$ 57. A pesquisa detalha a precificação e a comercialização de dados no submundo da internet, também conhecido como Dark Web, revelando um ecossistema criminoso complexo e lucrativo.

O levantamento da NordStellar analisou metadados de mais de 50 mil cartões anunciados na Dark Web até maio de 2025. A equipe da NordVPN identificou um sistema bem estruturado, onde criminosos se especializam em diferentes etapas do processo, desde o roubo dos dados até a sua conversão em lucro. Cartões roubados são vendidos em grandes lotes e permanecem válidos, em média, por mais de um ano.

O Brasil se destaca como um dos principais alvos nas operações de carding, a indústria de cartões roubados. Essa posição é influenciada pelo preço médio dos cartões, que segue a lógica de oferta e demanda: quanto maior a procura e menor a oferta, mais caro se torna o produto.

O preço médio global de um cartão de crédito roubado é de US$ 8 (R$ 43), mas os valores variam significativamente entre os países. No Brasil, o preço médio aumentou 26% desde 2023, passando de US$ 8,47 (R$ 45) para US$ 10,70 (R$ 57,50). Essa valorização pode estar relacionada ao aumento das medidas de segurança, dificultando o roubo, a validação e a monetização dos cartões.

Em contrapartida, países com maior incidência de sucesso em fraudes apresentam preços médios mais baixos. A República Democrática do Congo lidera a lista dos cartões de crédito roubados mais baratos, com um preço médio de US$ 0,94 (R$ 5), seguida por Geórgia e Barbados, com médias de US$ 1,30 (R$ 6,31). Uruguai e Paraguai também figuram entre os dez países com os cartões mais acessíveis.

Apesar dos valores, os países com maior número de cartões roubados são Estados Unidos (60%), Singapura (11%) e Espanha (10%). O Japão lidera o ranking dos cartões de crédito roubados mais caros, com um preço médio de US$ 22,80 (R$ 121), seguido por Cazaquistão e Guam.

A data de validade também influencia o preço dos cartões roubados. Quanto maior o prazo de validade, mais valiosos eles se tornam para os criminosos.

Não há proteção total contra o Roubo de cartão de crédito na internet, mas é possível dificultar a ação dos criminosos. Algumas medidas de segurança incluem monitorar extratos bancários, ativar alertas de transações, usar senhas fortes e diferentes para cada serviço, evitar armazenar dados de cartões em navegadores, habilitar a autenticação multifator (MFA) e utilizar ferramentas de monitoramento da dark web.

A Dark Web é uma parte da Deep Web focada em atividades criminosas. A Deep Web, por sua vez, é a porção da internet não indexada por motores de busca, que inclui desde redes internas de empresas até áreas privadas de sites.

Adotar práticas de segurança robustas e estar atento a possíveis sinais de fraude são passos essenciais para proteger suas informações financeiras no mundo digital.

Via TecMundo

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.