Braskem fecha acordo de R$ 1,2 bilhão para indenizar Alagoas por acidente geológico

Braskem firma acordo de R$ 1,2 bilhão para compensar Alagoas por acidente em mina de sal-gema.
11/11/2025 às 06:41 | Atualizado há 4 horas
               
Acordo da Braskem em Alagoas
Acordo será pago em 10 parcelas, sujeito à aprovação da Justiça. (Imagem/Reprodução: Investnews)

A Braskem fechou um acordo de R$ 1,2 bilhão com o governo de Alagoas para reparar os danos causados pelo acidente geológico de 2019 em uma mina de sal-gema no estado. Do total, R$ 139 milhões já foram pagos, com o restante a ser quitado em 10 parcelas anuais.

O objetivo do acordo é compensar tanto os danos patrimoniais quanto extrapatrimoniais sofridos por Alagoas, garantindo à empresa a quitação integral relacionada ao evento. O acordo aguarda homologação judicial para sua validação.

Essa negociação também abre caminho para a reestruturação da Braskem e a possível mudança em seu controle acionário, com bancos credores negociando para assumir a gestão da empresa, após resolução dos passivos em Alagoas.
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A Acordo da Braskem em Alagoas, anunciado recentemente, encerra um capítulo delicado na história da petroquímica. A Braskem celebrou um acordo de R$ 1,2 bilhão com o governo de Alagoas, buscando reparar os danos causados pelo evento geológico de 2019 em uma mina de sal-gema no estado.

Desse montante total, R$ 139 milhões já foram devidamente pagos. O restante será quitado em 10 parcelas anuais variáveis, corrigidas, principalmente após 2030, levando em consideração a capacidade de pagamento da empresa petroquímica.

Este acordo, segundo a Braskem, visa compensar os danos patrimoniais e extrapatrimoniais sofridos pelo estado de Alagoas, concedendo à empresa quitação integral por quaisquer danos relacionados ao evento geológico.

A empresa já havia reservado R$ 467 milhões em exercícios anteriores para cobrir a indenização. O acordo aguarda homologação judicial para sua validação final.

Além do Acordo da Braskem em Alagoas, em outubro, a Braskem também anunciou um investimento significativo de R$ 4,2 bilhões para aumentar a capacidade de produção de eteno em sua central petroquímica no Rio de Janeiro, como parte de um plano de transformação focado no aumento da competitividade através do uso de gás como matéria-prima.

A Acordo da Braskem em Alagoas é um passo importante para a resolução de questões pendentes e para a reestruturação da empresa. A Braskem, maior petroquímica da América Latina, atua globalmente na produção de resinas plásticas e químicos renováveis. No entanto, um ciclo de baixa no setor, juntamente com a incerteza sobre o controle da companhia, resultou em estagnação e alta alavancagem.

Com a resolução da questão em Alagoas através do Acordo da Braskem em Alagoas, abre-se caminho para que os cinco credores da Novonor (antiga Odebrecht) assumam o controle da Braskem. Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e BNDES possuem cerca de R$ 19 bilhões em dívidas da Novonor garantidas por ações da Braskem e deverão executar essa dívida.

A gestora IG4, do empresário Paulo Mattos, possui um acordo de exclusividade com os bancos para assumir a gestão da Braskem. Um acordo envolvendo Novonor, bancos e Petrobras, sócia dos Odebrecht na petroquímica, parece estar próximo de uma conclusão.

A exclusividade da IG4 para fechar um acordo se encerra no próximo dia 20, o que pode acelerar as negociações e decisões sobre o futuro da Braskem após o Acordo da Braskem em Alagoas.

Com este Acordo da Braskem em Alagoas, as atenções se voltam agora para os próximos passos na reestruturação da empresa e para a definição de seu novo controle acionário. A expectativa é que a solução para o caso em Alagoas contribua para um ambiente de maior estabilidade e confiança para os investidores e para o mercado em geral.

Via InvestNews

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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.