Ex-piloto argentino investe na produção de batatas com olhar no mercado brasileiro

Walter Hernández deixou as pistas e aposta na produção de batatas visando o crescimento no mercado brasileiro.
12/11/2025 às 06:02 | Atualizado há 6 dias
               
Batata no radar do Brasil
Walter Hernández, da El Parque Papas, cultiva 14 mil hectares e exporta sua produção. (Imagem/Reprodução: Forbes)

Walter Hernández, ex-campeão do Turismo Carretera, trocou as pistas pela agricultura em Nicanor Otamendi, Argentina, para plantar batatas. Sua empresa, El Parque Papas, utiliza tecnologia e gestão eficiente para expandir a produção com foco no mercado brasileiro.

Com uma área de 10 mil hectares, Hernández colhe anualmente cerca de 14 mil toneladas de batatas. A empresa é reconhecida pela inovação e sustentabilidade, com planos de dobrar a capacidade de armazenamento até 2029 para consolidar sua liderança na América do Sul.

O Brasil é um mercado estratégico devido ao crescimento no consumo de batatas congeladas. Em 2024, o país importou 220,3 toneladas, com a Argentina respondendo por mais de 80% desse volume. A El Parque Papas também investe em energia solar e práticas sustentáveis para reduzir emissões de carbono.
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Walter Hernández, ex-campeão do Turismo Carretera, trocou as pistas pelos campos de Nicanor Otamendi, Argentina, para plantar batatas e agora mira o mercado brasileiro. Sua empresa, El Parque Papas, destaca-se pela gestão eficiente e uso de tecnologia, com o objetivo de expandir sua produção e sustentabilidade, de olho no crescente consumo de batata no radar do Brasil.

A trajetória de Walter Hernández, de campeão de Stock Car a produtor de batatas, ilustra uma transição estratégica para o agronegócio. No comando da El Parque Papas, ele aplica a mesma mentalidade de precisão e performance das pistas para otimizar a produção em suas terras.

Com uma área de 10 mil hectares, sendo 2 mil próprios, a El Parque Papas colhe cerca de 14 mil toneladas de batatas anualmente. Hernández implementou uma gestão focada em inovação, sustentabilidade e tecnologia de ponta, o que posicionou a empresa no cenário global da agricultura.

A El Parque Papas destina sua produção para a indústria argentina, atendendo grandes marcas de chips e batatas pré-fritas congeladas. As parcerias estratégicas, como as firmadas com a PepsiCo e Lamb Weston, garantem estabilidade financeira em meio às flutuações do mercado global.

A empresa tem alcançado um lucro líquido de US$ 2,5 mil por hectare, resultando em US$ 35 mil por colheita. Hernández destaca que os contratos com a indústria proporcionam estabilidade, mesmo em cenários de preços globais em baixa.

O próximo passo da El Parque Papas é ambicioso: dobrar a capacidade de armazenamento até 2029, atingindo 24 mil toneladas para batata industrial e 13 mil para batata-semente. Essa expansão consolidará a empresa como líder na América do Sul e aumentará a presença da batata no radar do Brasil.

Hernández está de olho no mercado brasileiro, onde o consumo de batatas fritas é crescente. Dados do Agrostat revelam que o Brasil registrou o maior volume de importação de batatas congeladas na última década em 2024.

Em 2024, o Brasil importou 220,3 toneladas de batatas congeladas, totalizando US$ 241,1 mil. Os produtores argentinos, incluindo Hernández, foram responsáveis por 83,2% desse volume, e a expectativa é que esse comércio continue a crescer.

A El Parque Papas também está investindo em sustentabilidade. Com um aporte de US$ 1 milhão em painéis solares, a empresa busca neutralizar suas emissões de carbono até 2030. O projeto inclui a instalação de uma planta solar com 530 kVA de potência, gerando 1 milhão de kWh por ano.

Além da energia solar, a El Parque Papas adota práticas de cultivo verde, utilizando fertilizantes orgânicos e biológicos para reduzir a emissão de carbono e melhorar a saúde do solo. A rotação de culturas e o plantio direto também são estratégias importantes.

A busca por novas tecnologias é constante na El Parque Papas. Na última safra, Hernández importou novas variedades de batata da Alemanha, que, combinadas com tecnologias de precisão, aumentaram a produtividade em cerca de 15%, atingindo 66 toneladas por hectare.

Com um sorriso, Hernández afirma que não cultiva batata por dinheiro, mas sim por paixão. Sua visão é impulsionar um agronegócio mais sustentável e eficiente, com o Brasil sempre batata no radar do Brasil.

Via Forbes Brasil

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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.