Banco do Brasil: CFO comenta possibilidade de recuperação financeira no 4º trimestre de 2025

CFO do Banco do Brasil avalia perspectivas para recuperação no último trimestre de 2025 diante de desafios recentes.
12/11/2025 às 21:22 | Atualizado há 5 dias
               
Lucro do Banco do Brasil
Lucro do Banco do Brasil cai 60%, mas resultado de R$ 3,8 bi está dentro do esperado. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

O Banco do Brasil enfrentou uma queda de 60% em seu lucro, totalizando R$ 3,8 bilhões, conforme esperado pelos analistas. O CFO Giovanne Tobias destacou a influência do agronegócio e as dificuldades enfrentadas no terceiro trimestre.

Tobias comentou que o quarto trimestre de 2025 ainda traz incertezas, mas existe a expectativa de melhora dos resultados em relação ao trimestre anterior. A renegociação de dívidas e o controle de recuperações judiciais são pontos-chave nesse cenário.

Apesar da cautela, o banco revisou suas projeções para 2025, ajustando o lucro previsto para uma faixa de R$ 18 bilhões a R$ 21 bilhões. Medidas adotadas buscam mitigar os impactos negativos e fortalecer a recuperação financeira nos próximos trimestres.





Lucro do Banco do Brasil: Queda de 60% e Perspectivas Futuras


O Lucro do Banco do Brasil apresentou uma retração de 60%, conforme divulgado recentemente. Apesar do impacto inicial, o resultado de R$ 3,8 bilhões alcançado pela instituição financeira está em linha com as projeções dos analistas de mercado. A administração do banco já havia sinalizado um cenário desafiador para o terceiro trimestre, influenciado pela conjuntura do agronegócio.

O cenário para o quarto trimestre ainda carrega incertezas. Em um vídeo divulgado nos canais de comunicação do Banco do Brasil, o CFO Giovanne Tobias ponderou sobre a possibilidade de uma retomada no período. A situação da carteira do agronegócio é um fator crucial, impactando diretamente nos resultados financeiros da instituição.

Tobias ressaltou a importância de manter o suporte aos clientes, adotando uma postura prudente na gestão e assegurando transparência aos investidores. O objetivo é garantir que o mercado compreenda a real situação e o potencial de recuperação do banco.

A superação dos desafios relacionados à Medida Provisória 1.314, que permite a renegociação de dívidas por agricultores, é vista como um ponto de inflexão. O controle das recuperações judiciais, consideradas prejudiciais, também é essencial para mostrar o potencial de geração de resultados do Banco do Brasil.

Apesar da cautela em fazer previsões, o CFO do Banco do Brasil informou que as provisões para devedores duvidosos se mantiveram elevadas em outubro, refletindo um cenário ainda adverso. A expectativa é que os resultados do quarto trimestre superem os do terceiro, embora possam não alcançar o patamar do primeiro trimestre.

O Banco do Brasil também reviu suas projeções (guidance) para 2025, ajustando a expectativa de lucro anual de R$ 21 bilhões a R$ 25 bilhões para uma faixa entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões. Essa revisão ficou abaixo das estimativas compiladas pela LSEG, que apontavam para R$ 22,375 bilhões.

Segundo Tobias, muitos clientes do agronegócio optaram por aguardar, o que resultou no aumento da inadimplência no terceiro trimestre, mesmo com a medida provisória voltada para o setor. A MP 1.314 foi editada no final de setembro e regulamentada em outubro, não permitindo tempo hábil para a renegociação com os clientes.

Além disso, houve um aumento nos pedidos de recuperações judiciais por parte de produtores rurais. Esse cenário tem se mostrado prejudicial para o setor, com um aumento ainda maior no número de agricultores recorrendo a essa medida no terceiro trimestre.

Outro fator de pressão veio de um evento específico na carteira corporativa de grandes empresas, amplamente divulgado, que exigiu um reforço de provisão não previsto nas projeções do banco. Esse movimento gerou um impacto em relação à estimativa de risco de crédito.

Embora o executivo não tenha citado nomes, o caso pode estar relacionado à Ambipar (AMBP3), que entrou em recuperação judicial com dívidas de R$ 11 bilhões. Entre os maiores credores da Ambipar estão o Santander (SANB11) e o Banco do Brasil, com uma exposição conjunta de aproximadamente R$ 2 bilhões.

Diante desse cenário, o Banco do Brasil segue trabalhando para mitigar os impactos negativos e buscar alternativas para melhorar seus resultados nos próximos trimestres. A expectativa é que as medidas adotadas e a superação dos desafios setoriais possam impulsionar o Lucro do Banco do Brasil em 2025.

Via Money Times

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.