97% dos brasileiros não identificam músicas criadas por inteligência artificial

Estudo revela que 97% dos ouvintes não conseguem diferenciar músicas feitas por IA das criadas por humanos.
13/11/2025 às 06:44 | Atualizado há 1 semana
               
Músicas feitas por IA
40% dos usuários de streaming evitam músicas criadas por inteligência artificial, diz pesquisa. (Imagem/Reprodução: Tecnoblog)

Um estudo global com participação do Brasil mostra que 97% dos ouvintes não conseguem distinguir músicas feitas por inteligência artificial das compostas por pessoas. A pesquisa envolveu 9 mil participantes em países como Brasil, EUA e Reino Unido, indicando um desafio para a indústria musical.

Muitos consumidores querem que as músicas feitas por IA sejam identificadas e possam ser filtradas nas plataformas de streaming. A preocupação gira em torno da transparência e da autenticidade do que se escuta, o que leva a debates sobre o papel da inteligência artificial na criação musical.

Plataformas como a Deezer estão tomando medidas para identificar músicas geradas por IA e proteger os direitos dos artistas. A discussão sobre remuneração justa e transparência deve ser prioridade para garantir o equilíbrio entre inovação tecnológica e valorização da criatividade humana.
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Um estudo recente encomendado pela Deezer e conduzido pela Ipsos revelou um dado alarmante: 97% dos ouvintes não conseguem diferenciar músicas feitas por IA de canções compostas por artistas humanos. A pesquisa, que envolveu 9 mil participantes em oito países, incluindo Brasil, EUA e Reino Unido, levanta sérias questões sobre o futuro da música e a forma como a inteligência artificial está remodelando a indústria.

A pesquisa também mostra uma divisão de opiniões entre os amantes da música. Uma grande parte dos ouvintes acredita que as faixas criadas por IA devem ser facilmente identificáveis. Muitos também gostariam de ter a opção de filtrar esse tipo de conteúdo, indicando uma preocupação crescente com a autenticidade e a origem da música que consomem. Afinal, quem nunca se surpreendeu ao descobrir que aquela canção cativante foi gerada por um algoritmo?

O aumento no consumo de músicas feitas por IA é notável nas plataformas de streaming. A Deezer reporta um aumento considerável no número de faixas criadas por inteligência artificial enviadas diariamente. Para combater essa falta de transparência, a plataforma está implementando etiquetas de identificação para músicas geradas por IA, além de remover esse conteúdo de playlists editoriais e recomendações automáticas.

Alexis Lanternier, CEO da Deezer, expressou sua preocupação com a situação, ressaltando a importância de proteger a criatividade humana. A plataforma está tomando medidas para garantir que os artistas recebam o devido reconhecimento por seu trabalho. A discussão sobre modelos de remuneração para faixas sintéticas ainda é complexa, mas a Deezer já começou a excluir reproduções falsas do cálculo de royalties, demonstrando um compromisso com a integridade do mercado musical.

A crescente popularidade das músicas feitas por IA tem gerado debates e tensões no setor musical. A banda virtual The Velvet Sundown, criada por IA, alcançou mais de 1 milhão de ouvintes mensais no Spotify antes de sua verdadeira origem ser descoberta. Além disso, a Universal Music Group firmou um acordo com a startup Udio e planeja lançar uma ferramenta de criação musical com IA em 2026.

O futuro da música na era da inteligência artificial permanece incerto, mas é evidente que a discussão sobre transparência e remuneração justa será crucial para garantir que a criatividade humana continue a prosperar. As plataformas de streaming e as empresas de tecnologia terão um papel fundamental na definição desse novo cenário, equilibrando a inovação com a proteção dos direitos autorais e a valorização dos artistas.

A situação do mercado fonográfico é desafiadora e complexa, mas as medidas que estão sendo tomadas demonstram um esforço para regular o uso da tecnologia e proteger a arte e os artistas. Resta saber como essas mudanças irão impactar o futuro da música e a experiência dos ouvintes. Uma coisa é certa: o debate sobre a música feita por IA está apenas começando.

Via Tecnoblog
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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.