A família Saadé, originária da França, tornou-se a nova acionista bilionária do Carrefour ao adquirir cerca de 4% do capital da rede de supermercados, com um investimento estimado em US$ 452 milhões.
Essa movimentação ocorreu após a saída da Península, empresa de investimento brasileira, e marcou a entrada de Rodolphe Saadé no conselho administrativo do Carrefour, elevando o grupo ao segundo maior acionista da companhia.
Com uma fortuna estimada em US$ 34 bilhões, a família Saadé diversifica seus investimentos, agora no setor varejista, enquanto o Carrefour enfrenta desafios nos mercados francês e brasileiro, buscando novas estratégias para crescer.
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A Família Saadé Carrefour, originária da França e com um patrimônio construído no setor de transporte marítimo e logística, tornou-se a principal acionista da rede de supermercados Carrefour. A aquisição de aproximadamente 4% do capital da empresa foi anunciada, marcando a entrada de Rodolphe Saadé no conselho de administração. O valor da transação é estimado em US$ 452 milhões (€ 390 milhões).
Essa movimentação ocorreu após a saída da Península, empresa de investimento do falecido empresário brasileiro Abilio Diniz, conhecido por modernizar o varejo no Brasil. As ações do Carrefour registraram uma alta de 2,1% em Paris, após um período de queda de 10% nos 12 meses anteriores.
Segundo o Bloomberg Billionaires Index, a fortuna da família Saadé é de cerca de US$ 34 bilhões, proveniente principalmente da CMA CGM SA, a terceira maior empresa de transporte de contêineres do mundo, controlada pelo clã. Este investimento no Carrefour representa uma estratégia de diversificação de ativos, com aportes anteriores em empresas francesas como Air France-KLM e o grupo de mídia BFM.
A **Família Saadé Carrefour** agora ocupa o segundo lugar entre os maiores acionistas do Carrefour, atrás da família Moulin Houzé, proprietária da rede Galeries Lafayette. A participação da família Saadé será administrada pelo family office Merit France, através da holding Carrix, que também é controlada pela CMA CGM.
A saída da Península marca o fim de uma parceria de mais de dez anos com o Carrefour, em um momento de forte concorrência no mercado francês. A Península detinha 9,2% das ações do Carrefour.
Brasil e França são importantes mercados para o Carrefour, apesar de enfrentarem desafios. A rede reportou vendas mais fracas no terceiro trimestre, impactadas por cortes de preços na França e altas taxas de juros no Brasil, que reduziram o consumo.
Sob a gestão de Alexandre Bompard, o Carrefour tentou, sem sucesso, realizar uma venda ou fusão com outras empresas, como a Alimentation Couche-Tard Inc., do Canadá, e a francesa Auchan, do grupo Mulliez. No início deste ano, a empresa anunciou a intenção de vender suas operações na Itália.
Essa mudança na estrutura acionária da Família Saadé Carrefour pode sinalizar novos rumos e estratégias para o Carrefour em um mercado global competitivo e em constante transformação. Resta acompanhar os próximos capítulos dessa história e como a nova liderança influenciará o futuro da rede varejista.
Via InvestNews
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