OpenAI tenta anular ordem para entregar 20 milhões de conversas anonimizadas do ChatGPT

OpenAI busca revogar decisão judicial que obriga a entrega de 20 milhões de conversas anonimizadas do ChatGPT por questões de privacidade.
13/11/2025 às 17:04 | Atualizado há 1 semana
               
Conversas do ChatGPT
Empresa contesta ordem judicial que exige logs de usuários em caso de direitos autorais. (Imagem/Reprodução: Tecnoblog)

A OpenAI está tentando reverter uma decisão judicial que exige a entrega de 20 milhões de conversas anonimizadas do ChatGPT. A empresa alega que isso compromete a privacidade dos usuários e que a maioria dos dados não está relacionada ao processo.

O pedido dos dados foi feito pelo New York Times em uma ação sobre direitos autorais envolvendo o uso de conteúdos jornalísticos no treinamento da IA. A OpenAI afirma que apenas uma pequena fração dos registros tem impacto direto no caso.

No Brasil, a OpenAI enfrenta uma situação semelhante em um processo movido pela Folha de São Paulo. A disputa levanta debates importantes sobre privacidade e o uso ético de dados para desenvolvimento de inteligência artificial.
A **OpenAI** está buscando reverter uma decisão judicial que a obriga a entregar 20 milhões de logs de Conversas do ChatGPT anonimizadas. A empresa alega que a medida compromete a privacidade dos usuários e questiona a relevância dos dados solicitados. A solicitação foi feita pelo New York Times, em um processo de direitos autorais.

A OpenAI argumenta que 99,99% das transcrições solicitadas não têm relação com o caso em questão. A empresa também alerta para o impacto global da ordem, que pode afetar a privacidade de qualquer pessoa que tenha utilizado o ChatGPT nos últimos três anos.

O processo original acusa a OpenAI de usar indevidamente milhões de artigos de notícias para treinar os modelos de IA que alimentam o ChatGPT. O New York Times não se opõe ao uso de seu conteúdo para treinar IAs, desde que haja um acordo de licenciamento e pagamento.

Os veículos de imprensa argumentam que os 20 milhões de logs de chat são necessários para determinar se o ChatGPT está reproduzindo conteúdo protegido por direitos autorais. Além disso, os jornais querem usar os logs para refutar a alegação da OpenAI de que eles “hackearam” o chatbot para fabricar evidências.

Um porta-voz do New York Times contesta a alegação de risco à privacidade dos usuários e acusa a OpenAI de enganar os usuários e omitir fatos sobre o caso. Segundo o porta-voz, a ordem judicial exige que a própria OpenAI forneça uma amostra de chats anonimizados, protegidos por uma ordem legal.

A juíza Ona Wang, responsável pela ordem original, afirmou que a privacidade dos usuários estaria protegida pela “desidentificação exaustiva” dos dados realizada pela OpenAI, além de outras medidas de proteção. A OpenAI tem até sexta-feira (14/11) para entregar as transcrições.

No Brasil, a OpenAI enfrenta um processo similar movido pela Folha de São Paulo. A empresa busca reverter a ordem de entrega dos logs, alegando que a medida é excessiva e prejudicial à privacidade dos usuários do ChatGPT.

A disputa legal em torno das Conversas do ChatGPT levanta questões importantes sobre a privacidade dos dados dos usuários e o uso de conteúdo protegido por direitos autorais no treinamento de modelos de inteligência artificial. O resultado do caso pode ter um impacto significativo no futuro da IA e na relação entre empresas de tecnologia e veículos de imprensa.

Via Tecnoblog

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