Ações da Oi voltam a ser negociadas na B3 após suspensão da falência pela Justiça

Justiça suspende falência da Oi; ações retomam na B3 e sobem mais de 20%. Entenda os impactos dessa decisão para o mercado.
14/11/2025 às 16:22 | Atualizado há 3 dias
               
Falência da Oi
Ações da Oi voltam a negociar após suspensão do decreto de falência no RJ. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

Após a Justiça do Rio de Janeiro suspender a falência da Oi, as ações da empresa voltaram a ser negociadas na B3, após três pregões sem movimentação. A retomada das negociações apresentou forte volatilidade, com oscilações significativas no preço dos papéis.

No início da reabertura, as ações OIBR3 chegaram a cair mais de 27%, mas logo depois registraram alta de mais de 22%. Os papéis preferenciais (OIBR4) subiram ainda mais, alcançando uma valorização superior a 36%. Esses movimentos refletem a incerteza do mercado sobre o futuro da companhia.

A decisão judicial, que atende a recursos de grandes bancos, possibilita o retorno da Oi ao processo de recuperação judicial. O objetivo é preservar os serviços essenciais e buscar uma solução viável para credores e investidores, evitando a falência e seus impactos negativos.
Após a suspensão da decretação de Falência da Oi pela Justiça do Rio de Janeiro, as ações da Oi (OIBR3;OIBR4) voltaram a ser negociadas na B3 na tarde desta sexta-feira (10), após três pregões sem movimentação. A retomada das negociações foi marcada por oscilações acentuadas, refletindo a instabilidade e as expectativas do mercado em relação ao futuro da empresa de telecomunicações.

Na reabertura do mercado, por volta das 14h30 (horário de Brasília), as ações OIBR3 registraram uma queda expressiva de 27,59%, cotadas a R$ 0,11. A forte baixa inicial levou os papéis a entrarem em leilão devido à oscilação máxima permitida. Surpreendentemente, às 15h40, as ações atingiram a máxima do dia, com um aumento de 22,22%, chegando a R$ 0,22.

No mesmo período, os papéis preferenciais (OIBR4) apresentaram um salto ainda maior, com alta de 36,63%, cotados a R$ 3,32. Essas variações demonstram a volatilidade do mercado e a incerteza dos investidores quanto ao futuro da companhia, que enfrenta um momento decisivo em sua reestruturação.

De acordo com o último balanço da companhia, referente ao segundo trimestre (2T25), a Oi possui 330 mil ações em circulação, entre ordinárias e preferenciais. Desse total, 203,3 milhões são negociadas em free float, ou seja, disponíveis para negociação na bolsa de valores. Esse volume expressivo de ações em circulação contribui para a volatilidade observada nos papéis da empresa.

A 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro havia decretado a Falência da Oi na última segunda-feira (10), em meio ao seu segundo processo de recuperação judicial. A decisão, assinada pela juíza Simone Gastesi Chevrand, apontava para a inviabilidade financeira da empresa. Segundo a magistrada, não haveria possibilidade de equilibrar o ativo e o passivo da companhia.

Entretanto, na sexta-feira (10), a desembargadora Mônica Maria Costa, da Primeira Câmara do Direito Privado do TJ-RJ, suspendeu os efeitos da decretação de Falência da Oi. A decisão atendeu aos recursos apresentados por Bradesco (BBDC4) e Itaú (ITUB4), que argumentaram que a quebra da empresa não seria a melhor solução para os credores.

O Bradesco defendeu que a Falência da Oi não protegeria os envolvidos, dada a importância dos serviços prestados pela companhia. Já o Itaú alegou que a recuperação judicial deveria ser mantida para evitar prejuízos maiores aos credores e clientes, e solicitou o afastamento da atual administração do Grupo Oi.

A decisão da desembargadora também prevê a manifestação da Anatel sobre a possibilidade de intervenção econômica e aporte de capital público para garantir a continuidade dos serviços essenciais. Com a suspensão da falência, a Oi pode retornar ao processo de recuperação judicial, buscando liquidar seus ativos de forma adequada e preservar a transição dos serviços.

A retomada das negociações das ações da Oi na B3, após a suspensão da Falência da Oi, sinaliza um novo capítulo na história da empresa. A decisão judicial abre caminho para a continuidade do processo de recuperação judicial, com o objetivo de equacionar as dívidas e garantir a sustentabilidade da operação. O mercado permanece atento aos próximos passos da companhia e às decisões que serão tomadas para assegurar sua viabilidade a longo prazo.

Via Money Times

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.