Petrobras realiza desembarque de carga russa apreendida da Refit em São Sebastião

Petrobras descarregou carga russa apreendida da Refit no terminal em São Sebastião, cumprindo papel de depositária, sem comercialização do combustível.
14/11/2025 às 19:02 | Atualizado há 1 semana
               
Carga russa da Refit
Petrobras enfrenta pela primeira vez diesel russo, mesmo sem importar diretamente. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

A Petrobras realizou o desembarque da carga russa apreendida da Refit no terminal da Transpetro em São Sebastião (SP). A estatal atuou como depositária, cumprindo a apreensão feita pela Receita Federal e seguindo regulamentações internas.

O combustível, de origem russa e transportado pelo navio Tokyo, foi totalmente descarregado, marcando a primeira operação direta com diesel russo pela Petrobras desde o início do conflito na Ucrânia. A estatal mantém sua política de não comercializar esse tipo de combustível.

A operação evidencia a complexidade da logística no setor de combustíveis e o cumprimento das sanções internacionais. A Refit enfrenta investigações e interdição pela ANP por importação irregular, enquanto a Petrobras segue atuando dentro das normas legais e regulatórias.
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A carga russa da Refit, apreendida pela Receita Federal, foi totalmente descarregada pela Petrobras. A estatal, atuando como depositária, cumpriu o processo no terminal da LSEG, conforme informações e fontes internas. A Refit contesta as acusações de irregularidades levantadas durante a operação.

Apesar de não confirmar a operação, a Petrobras havia comunicado que foi designada como fiel depositária de cerca de 200 milhões de litros de combustíveis apreendidos da Refit. Este episódio marca a primeira vez que a Petrobras lida diretamente com diesel russo desde o início do conflito na Ucrânia.

É importante ressaltar que a Petrobras adotou uma política interna de não comercializar combustíveis de origem russa, alinhada às sanções ocidentais contra o país. A ação de descarregar a carga russa da Refit não altera essa diretriz, visto que a estatal atuou apenas como depositária.

Um documento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) indica que o diesel transportado pelo navio Tokyo tinha origem russa, mas não continha detalhes sobre o processo de desembarque.

O desembarque da carga russa da Refit foi realizado no terminal da Transpetro, subsidiária de logística da Petrobras, em São Sebastião (SP). A informação foi confirmada pelo sistema de monitoramento de embarcações da LSEG.

A Petrobras não se manifestou sobre o assunto. Contudo, fontes internas informaram que a estatal já havia realizado o desembarque de outra carga apreendida da Refit, transportada pelo navio Ecomar Guyenne, proveniente dos Estados Unidos.

Adicionalmente, há outros dois navios, Madelyn Grace e Oinoussian Star, aguardando o desembarque de produtos vindos da Argentina e dos EUA, respectivamente. Um documento da ANP detalha que o navio Oinoussian Star transportava condensado de petróleo.

Em meio às operações de apreensão, a Refit foi interditada cautelarmente pela ANP em setembro, devido a irregularidades operacionais e suspeitas de importação irregular de combustíveis. No entanto, a interdição foi parcialmente suspensa em outubro, após a Refit comprovar o atendimento de 10 das 11 condicionantes exigidas pela agência reguladora.

A situação da carga russa da Refit demonstra a complexidade das operações logísticas no setor de combustíveis e a atuação da Petrobras em face das regulamentações e sanções internacionais.

Via InfoMoney

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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.