A Petrobras realizou o desembarque da carga russa apreendida da Refit no terminal da Transpetro em São Sebastião (SP). A estatal atuou como depositária, cumprindo a apreensão feita pela Receita Federal e seguindo regulamentações internas.
O combustível, de origem russa e transportado pelo navio Tokyo, foi totalmente descarregado, marcando a primeira operação direta com diesel russo pela Petrobras desde o início do conflito na Ucrânia. A estatal mantém sua política de não comercializar esse tipo de combustível.
A operação evidencia a complexidade da logística no setor de combustíveis e o cumprimento das sanções internacionais. A Refit enfrenta investigações e interdição pela ANP por importação irregular, enquanto a Petrobras segue atuando dentro das normas legais e regulatórias.
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A carga russa da Refit, apreendida pela Receita Federal, foi totalmente descarregada pela Petrobras. A estatal, atuando como depositária, cumpriu o processo no terminal da LSEG, conforme informações e fontes internas. A Refit contesta as acusações de irregularidades levantadas durante a operação.
Apesar de não confirmar a operação, a Petrobras havia comunicado que foi designada como fiel depositária de cerca de 200 milhões de litros de combustíveis apreendidos da Refit. Este episódio marca a primeira vez que a Petrobras lida diretamente com diesel russo desde o início do conflito na Ucrânia.
É importante ressaltar que a Petrobras adotou uma política interna de não comercializar combustíveis de origem russa, alinhada às sanções ocidentais contra o país. A ação de descarregar a carga russa da Refit não altera essa diretriz, visto que a estatal atuou apenas como depositária.
Um documento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) indica que o diesel transportado pelo navio Tokyo tinha origem russa, mas não continha detalhes sobre o processo de desembarque.
O desembarque da carga russa da Refit foi realizado no terminal da Transpetro, subsidiária de logística da Petrobras, em São Sebastião (SP). A informação foi confirmada pelo sistema de monitoramento de embarcações da LSEG.
A Petrobras não se manifestou sobre o assunto. Contudo, fontes internas informaram que a estatal já havia realizado o desembarque de outra carga apreendida da Refit, transportada pelo navio Ecomar Guyenne, proveniente dos Estados Unidos.
Adicionalmente, há outros dois navios, Madelyn Grace e Oinoussian Star, aguardando o desembarque de produtos vindos da Argentina e dos EUA, respectivamente. Um documento da ANP detalha que o navio Oinoussian Star transportava condensado de petróleo.
Em meio às operações de apreensão, a Refit foi interditada cautelarmente pela ANP em setembro, devido a irregularidades operacionais e suspeitas de importação irregular de combustíveis. No entanto, a interdição foi parcialmente suspensa em outubro, após a Refit comprovar o atendimento de 10 das 11 condicionantes exigidas pela agência reguladora.
A situação da carga russa da Refit demonstra a complexidade das operações logísticas no setor de combustíveis e a atuação da Petrobras em face das regulamentações e sanções internacionais.
Via InfoMoney
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