Júri dos EUA determina que Apple deve pagar US$ 634 milhões à Masimo em disputa por patente de smartwatch

Júri dos EUA condena Apple a pagar US$ 634 milhões por usar tecnologia patenteada de smartwatch da Masimo.
16/11/2025 às 11:03 | Atualizado há 18 horas
               
Patente de smartwatch
Gigante tech recorre após discordar do veredito judicial recente. (Imagem/Reprodução: Forbes)

Um júri federal da Califórnia decidiu que a Apple deve pagar US$ 634 milhões à Masimo por violação de patente relacionada à tecnologia de monitoramento de oxigênio no sangue em smartwatches.

A Masimo acusa a Apple de usar sua tecnologia patenteada de oximetria de pulso sem autorização, parte de uma disputa judicial que já dura anos entre as empresas. A Apple anunciou que irá recorrer da decisão.

A batalha legal pode afetar o futuro dos recursos de saúde em dispositivos vestíveis e reforça a importância da proteção de propriedade intelectual no setor tecnológico.
Em um veredito recente, a patente de smartwatch da Apple foi o centro de uma disputa judicial. Um júri federal na Califórnia determinou que a Apple deve pagar US$ 634 milhões à Masimo, uma empresa de tecnologia de monitoramento médico, por infringir uma patente relacionada à tecnologia de leitura de oxigênio no sangue. A decisão impacta diretamente os recursos de monitoramento de saúde presentes nos Apple Watches, especificamente o modo de treino e a notificação de frequência cardíaca.

A Masimo alegou que a Apple utilizou indevidamente sua tecnologia patenteada de oximetria de pulso nos Apple Watches. A empresa argumentou que a Apple contratou seus funcionários e roubou sua tecnologia para implementar nos dispositivos vestíveis. Essa disputa é parte de uma batalha de patentes maior e multifacetada entre as duas empresas, que já se estende por vários tribunais.

Um porta-voz da Apple expressou discordância com o veredito e anunciou que a empresa pretende recorrer da decisão. Segundo a Apple, a Masimo já moveu diversos processos nos últimos seis anos, reivindicando mais de 25 patentes, a maioria das quais foi considerada inválida. A Apple também argumenta que a patente em questão expirou em 2022 e se refere a uma tecnologia de monitoramento de pacientes já considerada histórica.

Em contrapartida, a Masimo divulgou um comunicado saudando o veredito como uma “vitória significativa” em seus esforços contínuos para proteger suas inovações e propriedade intelectual. A empresa enfatizou a importância de defender suas patentes e garantir que suas tecnologias sejam respeitadas e protegidas.

A disputa entre Apple e Masimo também teve implicações no comércio internacional. Em 2023, um tribunal de comércio dos EUA bloqueou as importações dos smartwatches Série 9 e Ultra 2 da Apple, após concluir que a tecnologia da Apple infringia as patentes da Masimo. Para evitar o rastreamento, a Apple removeu temporariamente a tecnologia de leitura de oxigênio no sangue de seus relógios, reintroduzindo uma versão atualizada posteriormente, com a aprovação da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA.

A Comissão de Comércio Internacional (ITC) decidiu realizar um novo processo para determinar se os relógios atualizados da Apple devem estar sujeitos à retenção. A Masimo também entrou com uma ação judicial contra a alfândega devido a essa decisão, enquanto a Apple contestou a jurisdição de importação em um tribunal federal de recursos. Adicionalmente, um juiz da Califórnia declarou a anulação do julgamento do caso de segredo comercial da Masimo contra a Apple em 2023, após o júri não conseguir chegar a um veredicto unânime.

A disputa legal em torno da patente de smartwatch entre Apple e Masimo continua em andamento, com recursos e novos processos ainda pendentes. O resultado final poderá ter um impacto significativo sobre o futuro dos recursos de monitoramento de saúde em dispositivos vestíveis e a proteção de propriedade intelectual na indústria de tecnologia.

Via Forbes Brasil

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.