Raízen (RAIZ4) cai 5% após prejuízo de R$ 2,3 bilhões no 2º trimestre

Raízen registra prejuízo de R$ 2,3 bi e queda de 5% nas ações. XP avalia resultados do 2º trimestre como adequados, apesar dos desafios.
17/11/2025 às 11:23 | Atualizado há 5 horas
               
Prejuízo da Raízen
Ações da Raízen caem 5,75% após prejuízo registrado na última sexta-feira. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

As ações da Raízen caíram cerca de 5,75% após a empresa divulgar um prejuízo de R$ 2,3 bilhões no segundo trimestre da safra 2025/2026. O resultado refletiu dificuldades especialmente nos segmentos de Açúcar e Etanol e na operação da Mobilidade Argentina.

A XP Investimentos considerou os números adequados, destacando um fluxo de caixa livre positivo e redução da dívida líquida em R$ 745 milhões, impulsionada por menor investimento e venda de ativos. No entanto, o Ebitda ajustado mostrou fragilidade, causando preocupações no mercado.

Apesar das adversidades, a redução de despesas administrativas e margens sólidas na distribuição de combustíveis são pontos positivos indicados por analistas. A Raízen busca fortalecer sua estrutura financeira e garantir estabilidade para a próxima safra com estratégias de cobertura de preços.
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As ações da Raízen (RAIZ4) registraram uma queda de 5,75% nesta segunda-feira, impactadas pelo anúncio de um prejuízo da Raízen de R$ 2,3 bilhões no segundo trimestre da safra 2025/2026. O mercado reage aos números divulgados, buscando entender o impacto e as perspectivas futuras para a companhia.

A XP Investimentos avaliou os resultados como adequados em termos de lucros e fluxo de caixa livre (FCF). Contudo, ressalta que um único trimestre de desempenho não é suficiente para mitigar as preocupações existentes sobre a estrutura de capital da empresa.

Analistas apontam que o Ebitda ajustado da Raízen apresentou fragilidade, influenciado por dificuldades nos segmentos de Açúcar e Etanol (S&E) e na operação da Mobilidade Argentina. Esse desempenho mais fraco acabou por ofuscar o resultado positivo da Mobilidade Brasil. O indicador alcançou R$ 3,2 bilhões, alinhado com as estimativas de mercado.

Apesar do prejuízo da Raízen, o FCF surpreendeu positivamente. Cálculos da XP Investimentos, considerando forfaits e leasing, indicam uma redução da dívida líquida em R$ 745 milhões, contrariando a expectativa de consumo de caixa. Esse resultado reflete uma diminuição relevante nos investimentos (Capex) e entradas de caixa provenientes da venda de ativos.

Apesar da diminuição da dívida líquida, a relação Dívida Líquida/EBITDA (XPe) apresentou um aumento, atingindo 4,5 vezes, pressionada pela redução dos lucros da companhia. A XP Investimentos destaca alguns pontos positivos, mesmo com os desafios de alta alavancagem, FCF limitado e margens deprimidas no segmento S&E.

Entre os pontos positivos, a XP Investimentos aponta uma queda expressiva de 26% na comparação anual (A/A) nas despesas gerais e administrativas (G&A). Além disso, destaca as margens sólidas no negócio de distribuição de combustíveis, que se encontram acima de seus pares listados no mercado. O controle de Capex também é visto como um fator positivo, contribuindo para a preservação do caixa da empresa.

A Raízen também garantiu a cobertura de aproximadamente 95% do açúcar disponível (cerca de 50% do total) para a safra 2026/27, a preços considerados atrativos. Essa estratégia de cobertura pode trazer mais estabilidade e previsibilidade para os resultados futuros da companhia, mesmo diante das atuais dificuldades.

Em meio aos desafios apresentados no balanço, a Raízen busca fortalecer sua estrutura financeira e operacional. A XP Investimentos mantém o olhar atento sobre a companhia, buscando sinais de recuperação e melhoria nos próximos trimestres, que possam dissipar as preocupações do mercado.

Via Money Times

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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.