Ibovespa fecha em baixa com queda nas ações bancárias e dados econômicos desfavoráveis

Ibovespa recua com perdas em bancos e índice econômico abaixo do esperado. Mercado acompanha dólar em alta e dados dos EUA.
17/11/2025 às 19:26 | Atualizado há 3 horas
               
Ibovespa recua com perdas
Dólar fecha em alta, ultrapassando os R$ 5,30 no encerramento do dia. (Imagem/Reprodução: Forbes)

O Ibovespa registrou queda de 0,64%, influenciado pelas perdas nas ações de bancos e pelo desempenho abaixo do esperado do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br). O índice oscilou entre 156.567 e 157.900 pontos com volume financeiro de R$ 21,62 bilhões durante o dia.

O dólar encerrou em alta, superando os R$ 5,30, acompanhando o fortalecimento da moeda norte-americana globalmente. Investidores monitoram a retomada dos dados econômicos dos EUA, com destaque para o relatório de emprego previsto para quinta-feira.

No cenário doméstico, o Banco Central reconhece a desaceleração da economia, reforçando a cautela sobre a política monetária e possíveis ajustes na taxa Selic, atualmente em 15% ao ano. O mercado reage atento às divulgações internacionais e indicadores internos.
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O Ibovespa recua com perdas, acompanhando a tendência negativa das bolsas norte-americanas nesta segunda-feira (17). A expectativa pela divulgação de dados econômicos dos EUA, após a paralisação do governo, e o desempenho abaixo do esperado do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) impactaram o mercado brasileiro.

O índice brasileiro apresentou uma queda de 0,64%, atingindo 156.724,84 pontos, conforme dados preliminares. Durante o dia, o Ibovespa oscilou entre a mínima de 156.567,61 pontos e a máxima de 157.900,51 pontos. O volume financeiro totalizou R$ 21,62 bilhões antes dos ajustes finais.

No mercado de câmbio, o dólar fechou em alta no Brasil, superando novamente os R$ 5,30. Esse movimento acompanhou o fortalecimento da moeda norte-americana em relação a outras divisas no mercado internacional. Investidores aguardam a retomada da divulgação de dados nos EUA após o fim da paralisação do governo.

O dólar à vista encerrou a sessão com um aumento de 0,61%, sendo vendido a R$ 5,33. Paralelamente, o contrato de dólar futuro para dezembro, que é o mais negociado no Brasil, registrou uma alta de 0,61% na B3, alcançando R$ 5,3460.

Internacionalmente, a expectativa pela retomada da divulgação de dados econômicos nos Estados Unidos, após o fim da paralisação do governo, influenciou as negociações. A divulgação do relatório de emprego payroll está prevista para quinta-feira. Além disso, o Federal Reserve divulgará a ata de sua última reunião de política monetária na quarta-feira.

Investidores acompanharão ambos os eventos com atenção, buscando sinais sobre as futuras decisões do Federal Reserve em relação às taxas de juros em dezembro. No final da tarde, a ferramenta CME FedWatch indicava uma probabilidade de 59,1% de que o Fed mantenha a taxa na faixa de 3,75% a 4,00% em dezembro, contra uma chance de 40,9% de redução de 25 pontos-base.

A cautela que antecede a divulgação de novos dados nos EUA sustentou a alta do dólar em relação ao iene, euro e libra. A moeda americana também se valorizou em relação às divisas de países emergentes, como o peso mexicano, o rand sul-africano, a lira turca e o real.

Jefferson Rugik, diretor da Correparti Corretora, justificou o avanço da moeda americana frente ao real, comentando que “o dólar está com valorização global, com o investidor em compasso de espera pela divulgação de indicadores norte-americanos, principalmente o payroll na quinta-feira”.

Após atingir a cotação mínima de R$ 5,2954 (-0,04%) às 9h28, o dólar alcançou a máxima de R$ 5,3341 (+0,69%) às 16h42.

No cenário doméstico, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apresentou uma queda de 0,2% em setembro em relação a agosto, na série com ajuste sazonal. Essa contração superou a expectativa de economistas consultados pela Reuters, que era de 0,10%. Em agosto, o indicador havia registrado um avanço de 0,4%.

O Banco Central tem reconhecido a desaceleração da atividade econômica e seu impacto sobre a inflação, um pré-requisito para o início do ciclo de cortes da Selic, atualmente em 15% ao ano. Contudo, a instituição se mantém cautelosa sobre o futuro da política monetária.

Gabriel Galípolo, presidente do BC, afirmou em um evento em São Paulo que os dados mostram que a economia brasileira “está desacelerando, crescendo a taxas menores”, e que a política monetária tem surtido efeito, “mas de maneira gradual”.

Via Forbes Brasil

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Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.