Os pagamentos com cartões no Brasil registraram um aumento de 10,5% no terceiro trimestre de 2025, totalizando R$ 1,1 trilhão. Esse resultado marca o melhor terceiro trimestre já registrado no país para o setor.
O cartão de crédito foi o principal responsável pela alta, com crescimento de 15,2% e movimentação de R$ 794,7 bilhões. Já o débito e o pré-pago apresentaram variações menores, mantendo estabilidade e crescimento moderado.
Os pagamentos por aproximação aumentaram 29,3% e já representam quase 73% das compras presenciais. O crescimento geral reflete mudanças nos hábitos de consumo e a expansão das tecnologias de pagamento digital no Brasil.
Os pagamentos com cartões no Brasil continuam a crescer, impulsionados principalmente pelo uso do crédito e das tecnologias de aproximação. No terceiro trimestre de 2025, o setor registrou um volume de R$ 1,1 trilhão, marcando um aumento de 10,5% em relação ao ano anterior. Este desempenho consolidou o período como o melhor terceiro trimestre já registrado na história do setor.
O cartão de crédito se destacou com um volume de R$ 794,7 bilhões, representando um crescimento de 15,2%. O cartão de débito alcançou R$ 248 bilhões, mantendo-se estável, enquanto o cartão pré-pago atingiu R$ 98 bilhões, com um aumento de 3,9%. A preferência pelo crédito reflete uma mudança nos hábitos de consumo, com os brasileiros buscando alternativas de pagamento que ofereçam maior flexibilidade e benefícios.
No crédito, as transações à vista corresponderam a 57,1% do volume total, enquanto as compras parceladas sem juros representaram 42,7%. A maioria das compras parceladas (64,5%) foi realizada em até seis vezes, demonstrando uma gestão financeira mais conservadora. As transações de sete a 12 parcelas somaram 33,6%, e apenas 1,9% optou por prazos acima de 12 vezes.
O número total de transações com cartões atingiu 12,1 bilhões no terceiro trimestre, um aumento de 5,5% em relação a 2024. Isso significa que, em média, foram realizados 131 milhões de pagamentos diários. O cartão de crédito liderou com 5,5 bilhões de transações (aumento de 9,8%), seguido pelo débito com 4,2 bilhões (aumento de 0,9%) e pelo pré-pago com 2,4 bilhões (aumento de 4,4%).
Os pagamentos com cartões por aproximação alcançaram R$ 485,9 bilhões, um crescimento de 29,3% em relação ao ano anterior. Em cinco anos, essa modalidade saltou de 3,9% para 72,8% nas compras presenciais. A expectativa é que, até o final de 2026, os pagamentos por aproximação representem mais de 80% das transações presenciais no Brasil.
Os gastos de brasileiros no exterior totalizaram US$ 4,8 bilhões (R$ 26,3 bilhões), um aumento de 16,5%. Os Estados Unidos e a Europa responderam por 76,8% das despesas, somando R$ 20,1 bilhões, com um crescimento de 9,1%. Outros destinos também apresentaram aumentos: América (excluindo EUA) com R$ 3,3 bilhões (+5,9%), Ásia com R$ 1,2 bilhão (+32,8%), Oceania com R$ 1,3 bilhão (+558,4%) e África com R$ 176,2 milhões (+22,7%).
As compras não presenciais, como pela internet e aplicativos, movimentaram R$ 292,8 bilhões, um aumento de 19,4%. O cartão de débito se destacou com um crescimento de 26,2%. Em comparação com o período pré-pandemia, o uso do débito em compras online cresceu 471,1%, enquanto o crédito avançou 210,5%.
No varejo, livrarias e afins lideraram o crescimento com 83,6%, seguidos por alimentação (22,6%) e eletrônicos/eletrodomésticos (21,1%). No setor de serviços, profissionais liberais tiveram o maior aumento (42,3%), seguidos por serviços médicos (25,6%) e seguros (19%). Estes números refletem a diversificação do uso de pagamentos com cartões em diferentes setores da economia.
A região Sudeste liderou o volume de pagamentos com cartões, movimentando R$ 596,8 bilhões, um crescimento de 6,8%. Sozinha, a região responde por 57,8% do total, demonstrando a concentração econômica e o maior uso de meios eletrônicos de pagamento nesta área.
O aumento no uso de pagamentos com cartões reflete uma modernização nos hábitos de consumo e uma maior integração da tecnologia no cotidiano dos brasileiros. A expansão do crédito, o crescimento dos pagamentos por aproximação e o aumento das compras online são tendências que devem continuar a impulsionar o setor nos próximos anos.
Via TI Inside
