A Meta conquistou uma importante vitória judicial nos Estados Unidos contra uma ação do governo que buscava desfazer suas aquisições do Instagram e WhatsApp, realizadas na última década.
O juiz responsável pelo caso concluiu que a empresa não possui monopólio no mercado de redes sociais, aceitando os argumentos da Meta que apontavam para a concorrência de plataformas como TikTok e YouTube.
Esta decisão marca um precedente para futuras ações antitruste, reforçando o debate sobre o poder de grandes empresas de tecnologia e o papel das agências reguladoras.
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A Meta, empresa controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp, obteve uma importante vitória judicial nos Estados Unidos. Uma ação movida pelo governo americano, que buscava desfazer as aquisições do Instagram e WhatsApp realizadas na década passada, foi derrubada. A decisão judicial proferida pelo juiz federal James Boasberg, concluiu que a empresa não detém o monopólio do mercado de redes sociais.
Essa decisão representa um marco para as grandes empresas de tecnologia, sendo a primeira vitória contra as ações antitruste da Comissão Federal de Comércio (FTC) dos EUA. A FTC, que também move um processo contra a Amazon, buscava forçar a Meta a vender o Instagram e o WhatsApp, alegando que as aquisições tinham como objetivo eliminar a concorrência.
O Facebook adquiriu o Instagram em 2012, e o WhatsApp dois anos depois. Na época, a FTC não se opôs aos acordos, mas processou a Meta em 2020, sob a alegação de que a empresa mantinha um monopólio sobre as plataformas de compartilhamento de conteúdo nos EUA. A agência argumentou que o Snapchat e o MeWe eram os principais concorrentes da Meta nesse mercado.
Durante o julgamento, a FTC citou declarações da Meta sobre as aquisições, incluindo um e-mail de 2008 no qual o CEO Mark Zuckerberg afirmou que “é melhor comprar do que competir”. Em resposta, a Meta argumentou que a FTC ignorou a pressão competitiva do TikTok, YouTube e do aplicativo de mensagens da Apple, defendendo suas aquisições como uma estratégia de negócios válida.
O juiz James Boasberg concordou com a Meta, ressaltando que o cenário das redes sociais mudou significativamente desde os dias em que o Facebook era usado principalmente para atualizações de status pessoais. Segundo Boasberg, o cenário que existia há apenas cinco anos, quando a Comissão Federal de Comércio abriu este processo antitruste, mudou de forma acentuada.
Após a decisão, a Meta declarou que seus produtos são benéficos para pessoas e empresas, representando a inovação e o crescimento econômico americano. A empresa espera continuar a parceria com o governo e investir nos Estados Unidos. As ações da Meta, após a notícia, apresentaram uma leve queda nas negociações da tarde, fechando em US$ 600,37.
O desfecho deste caso traz à tona discussões importantes sobre o poder de mercado das grandes empresas de tecnologia e o papel das agências reguladoras na promoção da concorrência. A decisão favorável à Meta pode influenciar futuras análises de aquisições no setor de tecnologia, estabelecendo um precedente sobre o que constitui um monopólio no dinâmico mercado de redes sociais.
Via G1
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