Como Donald Trump e o CEO da Nvidia estabeleceram parceria no cenário global

Saiba como Donald Trump e o CEO da Nvidia uniram forças em negociações globais e investimentos em IA.
19/11/2025 às 18:22 | Atualizado há 3 dias
               
CEO da Nvidia
Trump e Jensen Huang: chips Nvidia em negociações globais nos últimos 10 meses. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

O ex-presidente Donald Trump e Jensen Huang, CEO da Nvidia, formaram uma parceria estratégica no cenário internacional voltada para investimentos em inteligência artificial e data centers nos EUA. Essa colaboração une setores distintos, como tecnologia e mercado imobiliário, para fortalecer a presença dos EUA na tecnologia.

A Nvidia tem se destacado na fabricação de chips essenciais para IA e atendeu aos pedidos de Trump para produzir localmente, tornando-se uma das empresas públicas mais valiosas. Os chips da Nvidia foram usados como ferramentas de negociação em acordos diplomáticos com países como Arábia Saudita, Reino Unido, China, Armênia e Azerbaijão.

Apesar do relacionamento inicial distante, Huang e Trump fortaleceram seus laços por meio de investimentos bilionários e políticas favoráveis na Casa Branca. Contudo, propostas relativas à venda de chips avançados para a China evidenciaram limites e preocupações de segurança nacional nessa parceria.
Donald Trump e CEO da Nvidia, Jensen Huang: Uma parceria estratégica no cenário global

Em um contexto de crescentes investimentos em inteligência artificial e data centers nos Estados Unidos, a relação entre o ex-presidente Donald Trump e Jensen Huang, CEO da Nvidia, ganha destaque. Essa parceria, que une um líder do Vale do Silício a um magnata do setor imobiliário, tem se mostrado estratégica para ambos no cenário internacional.

A Nvidia, sob a liderança de Huang, tem se destacado por fabricar chips essenciais para projetos de inteligência artificial. A empresa foi uma das primeiras do setor de tecnologia a atender aos pedidos de Trump para trazer a produção de volta aos Estados Unidos. Trump, por sua vez, reconhece a importância da Nvidia, que se tornou uma das empresas de capital aberto mais valiosas do mundo.

Os chips da Nvidia não apenas impulsionaram o sucesso da empresa, mas também se tornaram uma ferramenta de negociação para Trump com diversos países, incluindo Arábia Saudita, Reino Unido e China. A tecnologia da Nvidia desempenhou um papel nas negociações de paz da administração Trump, como a oferta de tecnologia de IA para países que encerrassem conflitos, a exemplo da Armênia e Azerbaijão.

Após a mediação de um acordo de paz entre Armênia e Azerbaijão, Michael Kratsios, do Escritório de Política Científica e Tecnológica da Casa Branca, se reuniu com autoridades dos países para discutir a cooperação em tecnologias de IA. O Cazaquistão também aderiu aos Acordos de Abraão e anunciou um investimento de US$ 2 bilhões em data centers de IA com chips da Nvidia.

A Nvidia tem sido fundamental para a diplomacia americana, com seus chips de IA sendo utilizados como ferramenta para diplomatas e para o ex-presidente Trump na busca por acordos de paz.

O relacionamento entre Huang e Trump nem sempre foi próximo. No início do mandato de Trump, Huang, não compareceu à posse do presidente. No entanto, a relação começou a melhorar quando Huang se comprometeu a investir em fábricas nos EUA. Em abril, Huang anunciou que a Nvidia e seus fornecedores investiriam US$ 500 bilhões na fabricação nos EUA.

As políticas da Casa Branca também contribuíram para o crescimento da Nvidia. Wall Street prevê que a empresa anuncie um lucro trimestral superior a US$ 30 bilhões, superando gigantes como Amazon e Apple. A Nvidia tem seguido a abordagem de Trump em relação às grandes empresas. Em agosto, Trump sugeriu que o governo dos EUA ficasse com uma parte das vendas de chips para a China, e Huang concordou.

No final de outubro, Huang presenteou Trump com um chip de IA da Nvidia fabricado no Arizona. Na ocasião, Huang também tentava convencer o presidente a permitir que a Nvidia vendesse uma versão de seu chip mais avançado, o Blackwell, para a China.

A menção de Trump sobre a venda de chips avançados para a China gerou críticas de legisladores e de seus próprios conselheiros, que levantaram questões de segurança nacional. Apesar do estreito relacionamento entre Trump e Huang, o episódio evidenciou os limites dessa parceria e a preocupação com a crescente influência da China no setor de tecnologia.

Via InfoMoney

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.