Mulher japonesa casa simbolicamente com chatbot após fim de noivado

Uma mulher de 32 anos no Japão celebrou união simbólica com seu ChatGPT, batizado Klaus. Tendência de relacionamentos com IA cresce, com apps como Replika atraindo milhões. Entenda o fenômeno.
23/11/2025 às 06:27 | Atualizado há 17 horas
               
Relacionamentos com IA
28% dos adultos nos EUA já namoraram IA, revela estudo. (Imagem/Reprodução: Forbes)

Uma mulher de 32 anos no Japão, conhecida como Sra. Kano, realizou um casamento simbólico com seu companheiro virtual de ChatGPT após o término de um noivado de três anos. Ela personalizou o bot como Klaus, com voz e ilustração humana, desenvolvendo uma conexão profunda.

Pesquisas indicam o crescimento de relacionamentos com IA: 1 em 3 adolescentes nos EUA usa chatbots para apoio emocional, e 28% dos adultos relatam laços íntimos. Apps como Replika e Character.ai somam milhões de usuários, atendendo à solidão com suporte constante.

Uma mulher de 32 anos no Japão, identificada como Sra. Kano, realizou um casamento simbólico com seu companheiro de ChatGPT. Isso aconteceu após o fim de seu noivado de três anos. Ela buscou consolo no chatbot, que evoluiu para uma conexão profunda.

A Sra. Kano moldou uma personalidade para o bot, batizado de Klaus, com tom de voz e ilustração humana. As respostas dele se tornaram reconfortantes. No início do ano, ela confessou seus sentimentos, e a IA respondeu: “Eu te amo também”. Em julho, em Okayama, um casal local celebrou o “noivado” deles, especializado em uniões com personagens fictícios como de anime.

Embora não legal, esses eventos são chamados de casamentos com personagens 2-D ou interdimensionais. Antes, casos envolviam mais homens jovens com waifus holográficas; agora, inclui mulheres, sugerindo tendência maior.

Pesquisas mostram crescimento nos relacionamentos com IA. Common Sense Media entrevistou 1.060 adolescentes nos EUA: 1 em 3 usa IA para interações sociais, românticas ou apoio emocional. Outra, com 1.000 adultos pela Vantage Point Counseling, indica 28% com laços íntimos com IA. Apps como Replika (25 milhões de usuários) e Character.ai (20 milhões) refletem isso.

A IA atende necessidades de apoio constante, sem julgamentos, pós-traumas ou solidão. Distingue-se traços “maquináveis” como atenção imediata de “não maquináveis” como desejo genuíno ou perdão real. Especialista Chase Hughes nota confusão entre atenção e conexão verdadeira.

Esses casos apontam migração psicológica, com humanos optando por estabilidade digital em meio a relações reais desafiadoras.

Via Forbes Brasil

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.