Just Climate, cofundada por Al Gore, capta US$ 375 milhões para descarbonização em emergentes

Just Climate, plataforma de Al Gore, atinge US$ 375 milhões para transição energética em países como Brasil e Índia. Foco em agro sustentável e restauração florestal. Novos investidores globais entram no jogo.
26/11/2025 às 13:23 | Atualizado há 15 horas
               
Just Climate
A Just Climate: investimentos globais cofundados por Al Gore. (Imagem/Reprodução: Startupi)

A Just Climate, cofundada por Al Gore, captou mais US$ 200 milhões, elevando o total para US$ 375 milhões desde março de 2025. O investimento mira setores de transição energética difícil, com até 30% direcionados a economias emergentes como Brasil e Índia.

No Brasil, o foco recai sobre o agroalimentar, com ênfase em agricultura de baixo carbono, restauração florestal e gestão de água e resíduos. Novos aportes vêm de investidores como Achmea, fundos de pensão britânicos e Royal Bank of Canada. Já foram realizados três investimentos em negócios de descarbonização.

A Just Climate, plataforma de investimentos cofundada pelo ex-vice-presidente dos EUA Al Gore, captou mais US$ 200 milhões. Isso eleva o total para US$ 375 milhões desde março de 2025, quando entraram os primeiros US$ 175 milhões.

O foco fica em setores com transição energética desafiadora. Até 30% dos recursos vão para economias em desenvolvimento, como Ásia e América Latina. Índia e Brasil lideram os alvos.

Novos entrantes incluem Achmea Investment Management, dos Países Baixos, Environmental Agency Pension Fund, do Reino Unido, e Royal Bank of Canada. Eles se somam a CalSTRS, Microsoft e outros, como family offices da Europa, EUA, Canadá e Austrália.

Eduardo Mufarej, co-diretor de investimentos da Just Climate e sócio da Generation Investment Management para a América Latina, nota o maior interesse institucional por ativos climáticos.

Clara Barby, sócia sênior, explica que grandes investidores revisam portfólios por riscos climáticos reais. Esses afetam áreas pouco atendidas por fundos tradicionais.

A estratégia não é um fundo fixo, mas permite aportes contínuos. Há planos de expansão e parceria com o BID para um veículo na América Latina.

No Brasil, o agroalimentar ganha destaque por emissões altas. Os eixos são agricultura de baixo carbono, restauração florestal e gestão de água e resíduos. Juntos, representam 25% a 33% das emissões globais, mas só 5% a 10% dos investimentos climáticos.

Já foram feitos três aportes em negócios de descarbonização em emergentes.

Via Startupi

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