Aumento de capital da Casas Bahia visa aliviar dívida, mas ações caem 16%

Casas Bahia anuncia conversão de dívida em ações para reduzir endividamento, mas papéis caem 16% por diluição. Analistas veem positivo nos fundamentos. Entenda os detalhes.
26/11/2025 às 15:03 | Atualizado há 13 horas
               
Conversão de dívida em ações
Capital: R$9 bi → R$13,5 bi p/ novos papéis; Mapa adere conversão p/ ≥70%. (Imagem/Reprodução: Investnews)

As ações da Casas Bahia caíram cerca de 16% nesta quarta-feira (26), após anúncio de nova conversão de dívida em ações. A medida dilui acionistas atuais com mais papéis em circulação.

Analistas do Safra veem o passo como positivo para os fundamentos da empresa. Credores, como Bradesco e BB, buscam alongar dívidas até 2050, reduzindo riscos e abrindo acesso a créditos mais baratos.

As ações da Casas Bahia caíram cerca de 16% nesta quarta-feira (26), por volta das 13h, após o anúncio de nova conversão de dívida em ações. O movimento reflete a diluição dos acionistas atuais, já que mais papéis entrarão em circulação no mercado.

Analistas do Safra veem o passo como positivo para os fundamentos da empresa. Credores pediram essa medida desde o acordo da segunda série de debêntures, segundo fonte próxima ouvida pelo InvestNews.

Em agosto, a Mapa Capital assumiu 85% do capital social ao comprar debêntures conversíveis do Bradesco e Banco do Brasil. Na época, ações valiam pouco mais de R$ 2; ontem, fecharam em R$ 4,07. Isso animou credores para nova conversão.

Bradesco e BB detêm 55% da série 1, de R$ 1,85 bilhão, vencendo em 2027. Série 2 foi totalmente convertida para Mapa. Série 3, de R$ 1,4 bilhão, tem custo de CDI + 1% e vence em 2030.

Assembleia em 17 de dezembro aprovará aumento de capital de R$ 9 bilhões para R$ 13,25 bilhões. Proposta inclui alongar dívida até 2050, cortar amortizações e remover garantias reais.

Dívida atual é 1,9 vez o Ebitda (0,5 vez sem risco sacado e fornecedores). Conversão total geraria caixa líquido e reduziria uso de risco sacado, de R$ 2,4 bilhões em dívida total de R$ 7,5 bilhões. Isso abre acesso a créditos mais baratos com fornecedores.

Mapa sinalizou manter acima de 70% das ações. Bancos como Santander mostram interesse.

Via InvestNews

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