Setor de Criptomoedas no Brasil Projeta Crescimento Apesar de Regulamentações do BC e Receita

Estudo da ABcripto e PwC mostra otimismo no setor cripto brasileiro: 57% preveem expansão apesar de obstáculos regulatórios do Banco Central. Tokenização e blockchain em alta.
27/11/2025 às 06:04 | Atualizado há 2 horas
               
Setor cripto no Brasil
Empresas visam dobrar de tamanho correndo para cumprir regras do BC. (Imagem/Reprodução: Forbes)

O setor de criptomoedas no Brasil consolida-se com otimismo, apesar das regulações do Banco Central e Receita Federal. Estudo da ABcripto com PwC revela que 90% das empresas veem a regulação como principal obstáculo, mas 80% destacam impacto das criptos em operações. Cerca de 57% projetam crescimento de 1% a 50%, e 40% esperam dobrar o tamanho.

Tokenização é estratégia para 70% das firmas, visando eficiência. Blockchain integra 31% das soluções, com prioridade de investimentos nos próximos anos. Adaptação às normas exige capital mínimo de R$ 10,8 milhões, com prazos curtos até 2026.

O setor cripto no Brasil vive momento de consolidação, com avanços em regulação e adoção de blockchain e tokens. Um estudo da ABcripto com a PwC revela que 90% das empresas veem a regulação como principal obstáculo aos negócios. Ao mesmo tempo, 80% destacam as criptomoedas como a tecnologia de maior impacto em suas operações.

Apesar dos desafios, há otimismo. Cerca de 57% das empresas preveem crescimento de 1% a 50%, e 40% esperam pelo menos dobrar o tamanho. A tokenização surge como estratégia para 70% delas, visando eficiência operacional.

Criptomoedas abrem portas para inovações digitais em 80% dos casos. Tokenização segue com 70% planejando produtos baseados em ativos reais. Blockchain já integra 31% das soluções, com 83% das firmas declarando alto conhecimento técnico e 77% vendo aplicações práticas.

Nos próximos cinco anos, 44% priorizarão investimentos em blockchain, à frente da inteligência artificial (35%). A ABcripto, que representa metade do mercado cripto brasileiro e reúne 60 empresas, coletou dados de associadas antes da norma do Banco Central de 10 de novembro.

Essa regulação exige capital mínimo de R$ 10,8 milhões a R$ 37,3 milhões para prestadoras de serviços de ativos virtuais. Metade das respondentes atua no financeiro, mas 63% sem licença bancária. Empresas variam de porte: 53% em consolidação, faturamentos de até R$ 5 milhões (30%) a mais de R$ 200 milhões (27%).

Adaptação preocupa, com prazos curtos: normas valem em fevereiro de 2026, mais nove meses para licenças. 63% estimam dois a três anos para cumprir tudo. Áreas críticas incluem compliance, tributos e cibersegurança. Bernardo Srur, presidente da ABcripto, busca diálogo com o BC por mais tempo.

Via Forbes Brasil

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.