Galapagos Capital prevê espaço para Selic cair a 10,50% em 2026

Política monetária em 2026 abre espaço para corte da Selic até 10,50%, segundo Galapagos Capital. Após ciclo longo de aperto, indicadores favorecem flexibilização, mas fiscal é chave. Análise no Arko Talks.
01/12/2025 às 16:47 | Atualizado há 6 horas
               
Queda da Selic
Política monetária domina 2026: há espaço para queda, diz Galapagos Capital. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

A política monetária deve dominar debates econômicos em 2026. A Galapagos Capital indica espaço para queda significativa da Selic, podendo chegar a 10,50%. A economista Tatiana Pinheiro destacou o ciclo mais longo de aperto monetário da história, com 11 meses de juros reais acima da taxa neutra.

Indicadores de curto prazo e lógica econômica reforçam tendência de cortes, salvo choques externos. No entanto, o cenário depende da política fiscal, com dúvidas sobre equilíbrio em 2026. Autoridades enfatizam credibilidade e produtividade para sustentar o crescimento.

A política monetária deve guiar as discussões econômicas em 2026. Para a Galapagos Capital, existe espaço para uma queda da Selic significativa. A economista-chefe Tatiana Pinheiro destacou isso no evento Arko Talks 2025.

Pinheiro explicou que o aperto monetário atual é o mais longo da história. O país registra 11 meses com juros reais 4% acima da taxa neutra estimada pelo Banco Central. Isso cria condições para um ciclo de cortes de juros.

Os indicadores de curto prazo e a lógica da política econômica reforçam essa tendência. “Tudo aponta para um ciclo amplo de flexibilização, exceto choques externos”, disse ela. A Selic poderia cair até 10,50%, um nível mais adequado para a economia brasileira.

No entanto, o cenário depende da política fiscal. Há preocupações com a isenção do Imposto de Renda e seu efeito na demanda e no impulso fiscal. Este ano houve contração fiscal, mas 2026 gera dúvidas sobre o equilíbrio.

Gustavo Guimarães, secretário-executivo do Ministério do Planejamento e Orçamento, respondeu no evento. Ele enfatizou a necessidade de enfrentar desafios fiscais de curto prazo e planejar o longo prazo, com foco em produtividade.

O Brasil avançou em arcabouço institucional, com reformas em áreas monetária, fiscal e regulatória. Isso elevou o potencial de crescimento e fortaleceu mecanismos de controle. Para 2026, credibilidade e expectativas serão chave no equilíbrio das contas públicas.

Esses fatores moldarão o ritmo da queda da Selic e o cenário econômico geral.

Via Money Times

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