Cientistas buscam espécies na Amazônia antes da extinção pelo desmatamento

Cientistas aceleram buscas por novas espécies na Amazônia, ameaçadas pelo desmatamento que destruiu 17% da floresta. Descobertas de saguis e cobras revelam urgência na preservação da biodiversidade brasileira.
01/12/2025 às 20:06 | Atualizado há 3 horas
               
Descobrir espécies da Amazônia
Brasil: imenso potencial para novas espécies animais!. (Imagem/Reprodução: Redir)

Cientistas correm contra o tempo para descobrir espécies na Amazônia antes que o desmatamento as extinga. A floresta perdeu 17% de sua vegetação nativa, segundo o MapBiomas, com alta destruição no Arco do Desmatamento.

Biólogo Rodrigo Costa Araújo identificou novas espécies de saguis ameaçadas. Projetos como Protax investem R$ 14 milhões em taxonomia, usando DNA para acelerar identificações e preservar a rica biodiversidade.

Cientistas correm para descobrir espécies da Amazônia antes que o desmatamento as extinga. A floresta perdeu 17% de sua vegetação nativa, segundo o MapBiomas. Regiões como o Arco do Desmatamento enfrentam alta destruição.

O biólogo Rodrigo Costa Araújo estuda saguis nessa área de 500 mil km², abrangendo Maranhão, Pará, Mato Grosso, Rondônia e Acre. Seu doutorado revelou duas novas espécies de saguis, listadas como ameaçadas pela IUCN. Ele também descreveu o Plecturocebus grovesi, entre os 25 primatas mais criticamente em risco.

Um estudo de 2021 na Nature estima que o Brasil abriga 10,4% das descobertas potenciais de vertebrados terrestres, com 53% em florestas tropicais úmidas como a Amazônia. Répteis representam 48% das espécies pendentes, seguidos por anfíbios (27%), mamíferos (20%) e aves (5%).

Desafios incluem acesso remoto, poucos taxonomistas e recursos limitados. Ana Prudente, do Museu Paraense Emílio Goeldi, descreveu 31 cobras e destaca a necessidade de mais profissionais para ciência colaborativa.

Expedições recentes, como a de Araújo em novembro, e projetos da Amazônia +10 usam sequenciamento de DNA para acelerar identificações. Iniciativas como Protax investem R$ 14 milhões em taxonomia.

Políticas públicas e setor privado devem criar unidades de conservação. Fique de olho em novas expedições que mapeiam essa rica biodiversidade.

Via Folha de S.Paulo

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