Endividamento restringe crescimento do agronegócio no Brasil em 2025

Setor enfrenta dívidas bilionárias e desaceleração no mercado de fertilizantes, comprometendo o crescimento em 2025.
05/12/2025 às 07:22 | Atualizado há 20 horas
               
Agronegócio em 2025
Eduardo Monteiro destaca tendências do agro e fertilizantes para 2025 no Brasil. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

O agronegócio brasileiro enfrenta em 2025 um cenário desafiador marcado pelo endividamento de cerca de R$ 188 bilhões, equivalente a duas safras e meia. Esse alto nível de dívida, aliado a juros que podem superar 20%, limita o crescimento do setor.

Além disso, o mercado de fertilizantes desacelera, com previsão de crescimento reduzida de 4% para entre 1% e 2%. Isso é decorrente da restrição no crédito, maior rigor dos bancos e liberação lenta do Plano Safra, que impactam diretamente o investimento e a produtividade no campo.

Para superar essas dificuldades, especialistas recomendam foco em tecnologia, gestão eficiente e controle rigoroso do fluxo de caixa. A expectativa é que, com boa gestão e condições climáticas favoráveis, o setor mantenha sua sustentação financeira e produtividade ao longo do ano.

O Agronegócio em 2025 enfrenta o desafio de um endividamento elevado e desaceleração no mercado de fertilizantes, segundo Eduardo Monteiro, country manager da Mosaic no Brasil. O setor acumula dívidas próximas a R$ 188 bilhões, equivalentes a duas safras e meia, com juros que, apesar da Selic em 15%, chegam a ultrapassar 20% ao ano devido ao risco do segmento.

No mercado de fertilizantes, o ano começou com perspectivas positivas, mas o crescimento esperado caiu de 4% para entre 1% e 2%. Isso acontece por limitações no crédito, exigências maiores dos bancos e liberação mais lenta do Plano Safra, fatores que impediram a concretização de diversas intenções de compra. Ainda que o volume em toneladas aumente levemente, a aplicação real de nutrientes no solo deve permanecer estável em relação ao ano anterior.

Monteiro destaca que o campo demanda preparo e gestão eficiente, comparando o processo a uma maratona, não a uma corrida rápida. Produtores que aproveitaram anos recentes para poupar estão em melhor situação, enquanto outros, mais endividados ou afetados por riscos climáticos, contribuíram para o aumento de recuperações judiciais ao longo de 2025.

Para superar esse cenário, a recomendação principal é investir em tecnologia, elevar a produtividade e focar no fluxo de caixa. Com quase 90% da safra já plantada e previsões climáticas dentro da normalidade, a gestão rigorosa de custos e atenção à rentabilidade serão essenciais para que o setor mantenha a geração de caixa e a sustentabilidade financeira em 2025.

Via InfoMoney

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.