A Deportação de brasileiros nos EUA ganhou destaque em grupos de WhatsApp. A Palver, empresa especializada em análise de redes sociais, monitorou quase 100 mil grupos públicos. Identificou-se apoio à política de imigração de Donald Trump em grupos de direita. Mensagens e vídeos circulam, celebrando as novas medidas do governo americano.
O presidente Donald Trump, desde seu primeiro mandato, usa a imigração como tema central. Busca, assim, manter engajada sua base conservadora. Trump prometeu deportar imigrantes ilegais e endurecer as leis de imigração. Grupos de direita se mostram favoráveis a essas ações.
Trump assinou ordens executivas sobre imigração logo após assumir o cargo. Além de deportações de ilegais, as medidas afetam portadores de vistos especiais concedidos no governo Biden. A Palver observou a disseminação de mensagens comemorando essas ações em grupos de WhatsApp e Telegram.
Um vídeo mostra uma mulher que emigrou para os EUA na época da primeira eleição de Lula. Ela se dizia otimista com Obama, que prometia mais direitos aos imigrantes. Porém, afirma que nunca viu tantas deportações. Relata que imigrantes são expulsos sem tempo de recolher seus pertences.
A mulher elogia a transparência de Trump sobre suas políticas de imigração. Em seguida, afirma que a maioria dos ilegais são petistas. Diz que eles ganham em dólar e enviam dinheiro para o Brasil. Defende a Deportação de brasileiros nos EUA
, alegando que deveriam viver sob o governo Lula.
Ela sugere que Trump deporte apenas petistas e esquerdistas. Justifica que os demais imigrantes ilegais geram lucro para os EUA. Outro vídeo chama os deportados de “filhotes de Lula”. Classifica-os como bandidos e criminosos que merecem tratamento rigoroso.
Grupos de esquerda questionam os métodos de deportação. Criticam o uso de algemas e relatos de maus-tratos. Também se indignam com a possível revogação da cidadania automática para nascidos nos EUA. A Palver destaca a tentativa de desumanizar os deportados em grupos de direita.
Classificar imigrantes como criminosos, petistas ou “filhotes de Lula” transfere o antipetismo para a questão migratória. Usuários de direita minimizam as críticas da esquerda. Argumentam que não houve comoção semelhante em deportações anteriores.
A estigmatização dos deportados serve como mecanismo de dissonância cognitiva. Ajuda a direita brasileira, que apoiou Trump, a justificar medidas que prejudicam brasileiros. Acompanhe os desdobramentos e o debate sobre a Deportação de brasileiros nos EUA
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Via Folha de S.Paulo