O café robusta especial tem ganhado destaque em São Paulo, especialmente nas cafeterias da rua Oscar Freire, onde seu sabor e crema densa surpreendem consumidores. A tendência reflete a busca por alternativas ao arábica, cuja produção enfrenta desafios climáticos, como calor e seca, que ameaçam áreas de cultivo.
No Espírito Santo, produtores adotam tecnologias modernas para aprimorar a qualidade do robusta, com investimentos em secagem e seleção dos grãos. Cooperativas locais, como a Cooabriel, planejam aumentar consideravelmente a produção até 2032.
Com a valorização do café robusta especial, os preços já dobraram desde 2021 e o país ganha reconhecimento internacional em cafés especiais. Essa mudança oferece novas oportunidades para o mercado e para consumidores que buscam um café com corpo e amargor distintos.
Em São Paulo, nas cafeterias da rua Oscar Freire, um espresso feito inteiramente com Café robusta especial tem ganhado espaço. Diferente do habitual, este café se destaca pela crema densa e notas intensas de nibs de cacau, misturando corpo e sabor, sem a acidez comum ao arábica. Essa mudança reflete uma tendência crescente diante dos desafios climáticos que afetam as plantações tradicionalmente dedicadas ao arábica no Brasil.
O país é o maior produtor mundial de arábica e o segundo em robusta, atrás apenas do Vietnã. Entretanto, um estudo recente indicou que até 2050 grande parte das terras aptas para o cultivo do arábica pode ficar inadequada devido ao aumento da temperatura e da seca. Isso gera um interesse maior em investir no Café robusta especial, que agora recebe melhorias na colheita, secagem e cuidados pós-colheita para elevar sua qualidade.
No Espírito Santo, Estado com destaque na produção de robusta, produtores e cooperativas ampliam o uso de secadores modernos para evitar sabores indesejados e melhor selecionar os grãos. A Cooabriel planeja aumentar a produção de robusta especial para 1,5 milhão de sacas até 2032, saindo das atuais 10 mil sacas, e já oferece treinamentos para os agricultores. O impacto dessa mudança é visível nos preços, que dobraram desde 2021, superando US$295 por saca.
Zonas produtoras como essa também ganham reconhecimento global, com mudanças na avaliação dos cafés especiais, agora incluindo robusta de alta qualidade. Cafeterias em várias partes do mundo já destacam os atributos deste tipo de café, valorizando seu sabor e características únicas dentro do mercado de espresso e blends. Para brasileiros que buscam corpo e amargor, o robusta tem se tornado uma alternativa sólida.
Via Money Times