A XP Investimentos projeta que o Banco Central deve iniciar os cortes da taxa Selic em março de 2026. Essa previsão leva em conta fatores como a desaceleração da inflação, a valorização do câmbio e a queda nos preços de alimentos e bens importados. No entanto, o cenário atual pode adiantar esse movimento.
O economista Caio Megale destaca que o Copom mantém uma postura cautelosa para garantir o controle da inflação, apesar dos sinais positivos na economia. Medidas fiscais em debate e o mercado de trabalho apertado fazem o Comitê esperar antes de iniciar o ciclo de redução dos juros.
A XP prevê seis cortes consecutivos de 0,50 ponto percentual, reduzindo a Selic para 12%. Para acompanhar essa trajetória, reformas fiscais que contenham o crescimento dos gastos públicos são essenciais para evitar riscos à dívida e à política monetária.
A XP Investimentos projeta que o Banco Central deve iniciar os cortes da Selic em março de 2026. Porém, o cenário atual pode adiantar esse movimento, diante da desaceleração da inflação e da valorização do câmbio, além de preços mais baixos de alimentos e bens importados, especialmente da China. Esses fatores têm forçado a inflação para níveis mais baixos e reduzido as expectativas no curto e médio prazo.
Caio Megale, economista-chefe da XP, destaca que o Copom mantém uma postura cautelosa, mesmo com sinais positivos na economia e melhora nas expectativas. A ata da última reunião reforçou a necessidade de uma política monetária restritiva por mais tempo, para garantir o controle da inflação.
Medidas fiscais em debate podem aumentar a demanda interna e pressionar preços para cima, além de ampliar o déficit em conta corrente. O mercado de trabalho segue apertado e as expectativas inflacionárias ainda estão acima da meta. Por isso, o Copom tende a esperar antes de iniciar o ciclo de redução dos juros, embora cortes desde janeiro não sejam descartados.
A XP prevê seis cortes consecutivos de 0,50 ponto percentual, levando a Selic a 12%, com taxa real em torno de 7,5%, ainda acima do nível neutro estimado pela casa. Para que a Selic se aproxime de níveis mais baixos, reformas fiscais serão essenciais, principalmente medidas que controlem o crescimento dos gastos públicos, evitando riscos à trajetória da dívida e à política monetária.
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