Na última sexta-feira, representantes de startups, empresas, universidades, hubs, incubadoras, aceleradoras, governo e demais ambientes de inovação de Vitória se reuniram no Sebrae Lab para acompanhar a apresentação de um novo mapeamento produzido de forma colaborativa entre TecVitória, CDTIV e Sebrae. O relatório consolida percepções e desafios identificados por instituições que vêm contribuindo para o desenvolvimento do setor na capital, reafirmando tendências já observadas em estudos anteriores.
Mapeamento e análise do ecosistema
O encontro serviu como espaço de diálogo e reflexão sobre o momento atual do ecossistema, permitindo que diferentes atores analisassem o cenário com base em dados, experiências práticas e percepções compartilhadas ao longo do processo.
Abertura reforça importância da cooperação entre atores
Na abertura do encontro, a CDTIV destacou a relevância de manter espaços permanentes de escuta e integração entre instituições que atuam na inovação em Vitória. Segundo a equipe, o mapeamento apresentado reforça a necessidade de construir agendas conjuntas, fortalecer conexões e ampliar a participação de diversos setores na construção do futuro da cidade.
A fala ressaltou que o desenvolvimento do ecossistema depende de cooperação contínua entre governo, iniciativa privada, academia, hubs, incubadoras, aceleradoras, organizações sociais e empreendedores — sem pretensão de protagonismo ou hierarquização entre os atores.
Relatório aponta potencial elevado e desafios de integração
Os dados apresentados mostram que uma parcela significativa das instituições percebe Vitória como um ecossistema em estágio emergente. O relatório indica que 64% dos participantes classificam o ecossistema dessa forma, enquanto 82% avaliam o nível atual de integração como fraco ou moderado. Por outro lado, o levantamento revela alto interesse em colaboração: 88% dos respondentes demonstraram disposição para atuar de forma conjunta, e quase metade atribuiu nota máxima ao potencial futuro da cidade.
Mapeamento e análise do ecosistema
Esses números refletem um ambiente em evolução, no qual iniciativas relevantes já existem e são conduzidas por diferentes organizações — incluindo universidades, laboratórios de inovação, hubs corporativos, incubadoras e aceleradoras. Apesar da diversidade de atores, a ausência de mecanismos estáveis de articulação ainda limita a consolidação de um movimento mais contínuo e coordenado.
Discussões destacam necessidade de rotas claras, governança e planejamento
Durante o debate, representantes de diferentes ambientes de inovação reforçaram que o ecossistema precisa tornar mais claras as rotas de acesso a programas, editais, capacitações e oportunidades disponíveis na cidade. Empreendedores relataram que a falta de integração ainda gera confusão para quem está começando ou tentando avançar na jornada de inovação.
Também foi destacada a importância de um modelo de governança que represente todo o ecossistema de forma neutra, transparente e participativa. Os participantes apontaram que Vitória já conta com iniciativas consistentes em várias frentes, mas ainda carece de coordenação, comunicação integrada e continuidade institucional para gerar impacto sistêmico.
Caminho coletivo: Vitória precisa transformar diversidade em direção comum
Os debates mostraram que Vitória já dispõe de condições reais para avançar: há startups em crescimento, hubs e incubadoras atuantes, aceleradoras envolvidas, universidades fortes, laboratórios públicos e privados, além de empreendedores e organizações que vêm se engajando de forma crescente. Essa diversidade, no entanto, ainda não se converte totalmente em movimento coordenado.
Segundo os participantes, o próximo passo é transformar esse conjunto de iniciativas em uma agenda comum para a cidade. Isso envolve construir uma governança representativa, definir uma narrativa territorial que expresse a identidade inovadora de Vitória, garantir fontes estáveis de financiamento, ampliar os espaços de encontro e fortalecer a comunicação. Também foi apontada a importância de políticas e programas contínuos, alinhados às vocações e características do território.
Mapeamento e análise do ecossis…
Para muitos, enxergar o ecossistema como uma construção coletiva — e não como ações isoladas — é essencial para que Vitória ganhe unidade, aumente sua capacidade de atrair talentos e investimentos e se consolide como um ambiente inovador competitivo.
Próximos passos
O mapeamento apresentado por TecVitória, CDTIV e Sebrae funcionará como subsídio técnico para as discussões que serão promovidas ao longo de 2026. A proposta é ampliar a participação de mais instituições, aprofundar o planejamento conjunto e estimular iniciativas que fortaleçam o ecossistema de forma contínua, conectando o desenvolvimento da inovação às vocações econômicas e sociais da capital.
