TCU determina leilão restrito para novo terminal de contêineres no Porto de Santos

TCU opta por leilão restrito para novo terminal no Porto de Santos, visando evitar concentração de mercado.
08/12/2025 às 18:03 | Atualizado há 2 semanas
               
Tribunal exclui atuais operadores para abrir mercado a novos competidores no terminal. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu por um leilão restrito para o futuro terminal de contêineres Tecon 10 no Porto de Santos. A decisão foi tomada por seis votos a três e restringe a participação de operadores atuais do porto na primeira fase do processo. Essa medida visa evitar a concentração de mercado e estimular a entrada de um operador independente.

O presidente do TCU destacou a importância de garantir que o terminal seja operado por interessados com capacidade técnica e financeira, dada a relevância estratégica do investimento, que chega a R$ 6,45 bilhões. Apesar da maioria concordar com a restrição, houve voto contrário que defendia o leilão aberto para todos os interessados, citando riscos jurídicos e a ausência de justificativas claras para a limitação.

O coordenador do processo ressaltou que o modelo atende a proposta da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e terá impacto direto na ampliação da capacidade do Porto de Santos, um dos maiores do país. A decisão marca um passo importante na gestão de infraestrutura portuária no Brasil.

O Tribunal de Contas da União (TCU) optou por um modelo restrito para o leilão do futuro terminal de contêineres do Porto de Santos, o Tecon 10. A decisão, por seis votos a três, impede a participação de operadores já atuantes no complexo santista na primeira etapa do processo. Essa orientação segue a proposta da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), que busca evitar a concentração de mercado.

O ministro Augusto Nardes justificou seu voto ressaltando que essa restrição amplia as chances de entrada de um operador independente, sem vínculo com armadores. A maioria da Corte, formada também pelos ministros Aroldo Cedraz, Vital do Rêgo, Walton Alencar e Jhonatan de Jesus, concordou com a exclusão de atuais operadores e empresas ligadas a armadores na disputa inicial.

Para o presidente do TCU, Vital do Rêgo, o processo deve ser rigoroso. Ele reforçou que o terminal não pode ser entregue a interessados sem capacidade econômica e técnica para gerir o serviço, que é considerado estratégico para ampliar a capacidade do Porto de Santos. O projeto demanda R$ 6,45 bilhões em investimentos.

Por outro lado, o relator Antonio Anastasia e outros dois ministros defenderam um leilão aberto a todos os interessados. Essa posição contou com o apoio das áreas técnicas do TCU e do Ministério da Fazenda, que não identificaram motivos claros para a restrição e alertaram para riscos de insegurança jurídica.

Via InfoMoney

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