Economistas destacam que 2026 deve ser um ano um pouco melhor para a economia brasileira, apesar dos desafios fiscais ainda presentes. A expectativa é de queda na taxa Selic no início do ano, entre janeiro e maio, encerrando 2026 em torno de 12%, conforme projeções do Banco Inter e XP.
O cenário fiscal permanece desafiador, com pressão sobre a inflação próxima de 4%, influenciada por políticas de renda e gastos públicos. A inflação e a situação das contas públicas exigirão atenção especial no próximo governo para garantir sustentabilidade.
Os especialistas ressaltam que ajustes nos programas sociais e controle dos gastos serão essenciais para manter a estabilidade fiscal e econômica no médio prazo, influenciando diretamente o desempenho do país em 2026.
Com desafios fiscais ainda presentes, especialistas apontam que 2026 deverá ser um ano um pouco melhor para a economia brasileira. Os economistas Caio Megale, da XP, e Rafaela Vitória, do Banco Inter, destacam que o mercado enfrenta riscos que ainda permanecem, mesmo com uma melhora no cenário em relação a 2025.
O principal destaque fica para a previsão de queda na taxa Selic a partir do primeiro trimestre de 2026. Enquanto o Banco Inter já projeta corte na reunião de janeiro, a XP considera maio como início possível da redução. A expectativa é que a taxa encerre o ano em cerca de 12%. Porém, o ritmo e os cortes dependem do comportamento da inflação e do mercado de trabalho.
A inflação, que deve ficar próxima a 4%, pode sofrer pressões devido às políticas fiscais e ao aumento das transferências de renda, destacando-se a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. A condução do Banco Central nos últimos meses tem sido crucial para manter a inflação dentro da meta, mas o cenário para 2026 permanece incerto.
Outro ponto crítico é a situação das contas públicas, que mesmo apresentando resultados próximos à meta, contam com exceções que aliviam temporariamente a pressão fiscal. A controladoria dos gastos governamentais e a política salarial, como a valorização do salário-mínimo, são temas que exigirão atenção especial no próximo ciclo presidencial.
Ambos os economistas indicam que o próximo governo terá o desafio de realizar ajustes e revisar programas sociais para garantir maior eficiência e sustentabilidade fiscal no médio prazo.
Via InfoMoney