Investidores brasileiros aguardam sinais do corte da taxa Selic, que costuma aumentar o apetite por risco. Um estudo do multifamily office Ghia mostra que o maior ganho ocorre antes mesmo da redução oficial, quando o mercado já antecipa o movimento do Banco Central.
Analisando ciclos entre 2008 e 2025, a pesquisa indica que diversificar o portfólio até seis meses antes do corte pode trazer retorno médio de 22,62%, superior aos 19,73% de quem espera o início da queda. A antecipação também beneficia títulos pré-fixados, com ganhos maiores.
Entretanto, a qualidade do corte é crucial, pois decisões políticas sem fundamentos sólidos podem prejudicar os ativos. Com o Copom mantendo a taxa em 15%, o mercado monitora o comunicado para sinais dos cortes previstos para março de 2026.
Investidores brasileiros e internacionais aguardam sinais sobre a redução da taxa básica de juros. A Selic em queda costuma atrair maior apetite por risco, mas um estudo do multifamily office Ghia revela que o maior ganho ocorre antes mesmo do corte efetivo. Ou seja, a valorização dos ativos já começa quando o mercado antecipa o movimento do Banco Central.
Ao analisar ciclos de queda entre 2008 e 2025, o estudo mostra que antecipar a diversificação do portfólio em até seis meses antes do início da redução da Selic pode gerar ganhos superiores. Em uma simulação, uma carteira diversificada previamente montada obteve retorno médio de 22,62%, contra 19,73% da estratégia que esperou o primeiro corte. Isso representa uma diferença de 2,89 pontos percentuais.
Além da bolsa, títulos pré-fixados também recompensam a antecipação, com ganhos de 24,41% para os que posicionaram antes, contra 20,84% para os que esperaram o corte. Contudo, a qualidade do corte é fundamental: se for motivado por pressão política e não por fundamentos econômicos sólidos, há risco de queda nos ativos, como ocorreu em 2011, com perda de confiança no Banco Central.
Com a reunião do Copom marcada para 10 de dezembro, o mercado espera manutenção da taxa em 15% ao ano, mas atenção estará no tom do comunicado, que pode sinalizar o começo dos cortes, previsto majoritariamente para março de 2026. Dessa forma, aguardar o corte da Selic para mudar a alocação pode significar perder oportunidades importantes de valorização do seu portfólio.
Via Forbes Brasil