O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) foi retirado à força da cadeira da Presidência do plenário da Câmara durante um protesto contra a votação do projeto que pode reduzir a pena de reclusão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Braga mantinha a presidência da sessão em protesto contra a proposta.
Após a retirada de Braga, a transmissão do plenário foi interrompida e policiais legislativos retiraram a imprensa do local para impedir a cobertura dos acontecimentos. O presidente da Câmara, Hugo Motta, condenou a atitude do deputado, classificando-a como desrespeito à Casa.
Braga enfrenta processo de cassação após episódio em que agrediu um militante dentro da Câmara. A votação do seu processo está prevista para ocorrer em breve, enquanto o projeto da dosimetria segue em pauta.
O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) foi retirado à força da cadeira da Presidência do plenário da Câmara durante um protesto contra a votação do projeto da dosimetria, que pode reduzir a pena de reclusão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Braga presidia a sessão desde as 15h30 e, duas horas depois, anunciou que permaneceria na cadeira em sinal de protesto contra a proposta, defendendo que não aceitaria uma anistia ou diminuição de pena para Bolsonaro.
Após o anúncio, a transmissão do plenário foi interrompida, e policiais legislativos esvaziaram o local, impedindo a cobertura da imprensa. Braga foi retirado da Mesa de forma física, conforme imagens amadoras divulgadas. Em entrevista, o deputado questionou a necessidade de ação violenta e relacionou o episódio à ocupação do plenário por bolsonaristas em agosto, quando a Mesa foi tomada por 48 horas sem punição aos envolvidos.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), condenou a atitude de Braga, alegando desrespeito à Casa e ao Poder Legislativo. Motta afirmou que o extremismo, independentemente do lado, ameaça a democracia e afirmou que é preciso protegê-la contra atos autoritários travestidos de política. Ele havia anunciado que pautaria o projeto da dosimetria, que visa reduzir as penas de condenados pelo STF, incluindo Bolsonaro, podendo diminuir sua reclusão para pouco mais de dois anos.
Braga enfrenta processo de cassação, com votação prevista para quarta-feira, após um episódio em que empurrou e chutou um militante que o insultou dentro da Câmara.
Via Money Times
