A inflação oficial medida pelo IPCA registrou alta de apenas 0,18% em novembro, abaixo do esperado pelo mercado. Essa desaceleração fez com que a inflação anualizada recuasse para o limite da meta, após 13 meses acima de 4,5%. O principal impacto veio da queda nos preços dos alimentos para consumo doméstico, especialmente cereais, e das promoções da Black Friday, que reduziram os preços de bens industriais.
Apesar do alívio nos preços de alimentos e produtos, os serviços ainda apresentam forte pressão inflacionária, com alta acumulada de 6% até novembro. Essa situação mantém os custos elevados em setores que dependem intensamente de mão de obra, dificultando o controle total da inflação nesse segmento.
O cenário econômico leva economistas a prever que a taxa Selic será mantida em 15% na próxima reunião do Copom. Cortes podem ocorrer a partir de março de 2026, desde que a inflação continue dentro da meta, estimada em 4,3% para 2025, refletindo um mercado de trabalho resistente e a necessidade de preservar a credibilidade do Banco Central.
O índice nacional de preços ao consumidor, medido pelo IPCA, registrou alta de 0,18% em novembro, abaixo do esperado pelo mercado. Esse resultado levou a inflação anualizada a voltar ao limite da meta após 13 meses acima de 4,5%. Entre os fatores que contribuíram para essa desaceleração está a deflação nos preços dos alimentos consumidos em casa, que tiveram queda de 0,20%, principalmente pelo recuo nos valores dos cereais. Além disso, bens industriais apresentaram queda de 0,29%, influenciados por promoções da Black Friday.
Apesar desse cenário mais ameno de curto prazo, a pressão sobre os serviços permanece. Os preços dos serviços intensivos em mão de obra seguem elevados, com alta acumulada de 6% até novembro, demonstrando a dificuldade em controlar totalmente a alta dos custos. A média dos núcleos inflacionários, que excluem itens voláteis, subiu 0,23% no mês, refletindo a persistência das pressões inflacionárias em setores essenciais.
Essa dinâmica mantém a cautela dos economistas em relação à política monetária. A expectativa é que a taxa Selic seja mantida em 15% na próxima reunião do Copom, com possíveis cortes ocorrendo a partir de março de 2026. A decisão visa preservar a credibilidade do Banco Central, diante da ainda firme inflação nos serviços e de um mercado de trabalho resiliente.
Com isso, a previsão é que a inflação em 2025 fique em torno de 4,3%, com o IPCA podendo encerrar o ano dentro da meta, caso as tendências atuais se mantenham.
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