Três homens condenados a 93 anos pela morte de técnico em telecomunicações no Espírito Santo

Condenação morte Espírito Santo: Três pessoas foram condenadas a mais de 93 anos de prisão pelo assassinato de um técnico em telecomunicações em 2022. Saiba mais.
12/03/2025 às 08:03 | Atualizado há 5 meses
Condenação morte Espírito Santo
Após 13 horas de julgamento, três são condenados pela morte do técnico em Espírito Santo. (Imagem/Reprodução: Eshoje)

Após um julgamento que se estendeu por 13 horas, o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) conseguiu a condenação morte Espírito Santo de três indivíduos envolvidos na morte de José Marcos Delfino Chaves, técnico em telecomunicações, em um caso que ocorreu em 2022. As penas, que somam mais de 93 anos de prisão em regime fechado, foram aplicadas após a apresentação de provas contundentes.

Os condenados são Jadiane Nascimento de Souza, conhecida como Jade, ex-companheira da vítima, sentenciada a 32 anos, um mês e dez dias; Jadiel Martins de Souza Filho, irmão de Jadiane, a 34 anos, quatro meses e dez dias; e Jhonorton Dias Souto, apontado como um dos executores do crime, a 27 anos, dois meses e 20 dias.

O MPES obteve a condenação dos três acusados por homicídio triplamente qualificado, que incluem motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, além do crime de corrupção de menores. Adicionalmente, os irmãos Jadiane e Jadiel foram considerados culpados por furto, enquanto Jadiel e Jhonorton também foram condenados por ocultação de cadáver.

A sentença foi proferida no Tribunal do Júri, realizado na nova sede do Fórum Criminal de Vitória. O Promotor de Justiça Rodrigo Monteiro representou o MPES, defendendo os fatos apresentados na denúncia e trabalhando para que os réus fossem devidamente condenados.

O crime ocorreu em junho de 2022, no bairro Resistência, em Vitória, quando José Marcos, de 46 anos, foi atraído para uma emboscada por uma adolescente que mantinha um relacionamento com Jadiel. Jadiane teria inventado para o irmão que o ex-companheiro tinha intenções com a adolescente, convencendo-os a atrair a vítima sob falsas promessas.

No local do encontro, Jadiane, escondida, avisou Jadiel sobre a presença de José Marcos. Jadiel abordou a vítima com agressões e o forçou a ir até uma pedreira, onde, junto com Jhonorton e um menor, espancaram José Marcos até a morte. Este ato demonstra a brutalidade e premeditação do crime.

Após o homicídio, os criminosos tentaram ocultar o corpo, empurrando-o para um nível inferior da pedreira. No entanto, no dia seguinte, foram coagidos por membros do tráfico local a remover o corpo, levando-os a jogá-lo em uma lagoa.

Posteriormente, ao perceberem que o corpo estava boiando, Jadiel, juntamente com outros cúmplices, retirou o cadáver da lagoa, transportou-o em um veículo e o abandonou em Santa Luzia. Essa série de eventos demonstra o desespero e a falta de escrúpulos dos envolvidos na tentativa de encobrir seus rastros.

Adicionalmente, sob as ordens de Jadiane, Jadiel subtraiu o celular e os cartões da vítima. Os irmãos, juntamente com a adolescente, utilizaram os pertences para realizar compras e transferências bancárias, evidenciando a ganância e a frieza dos criminosos após o assassinato.

Além dos réus já julgados, outras três pessoas estão implicadas no crime e aguardam julgamento, pois apresentaram recursos à Justiça. O MPES reafirma seu compromisso com a busca por justiça, a defesa da vida e a proteção da sociedade, assegurando que todos os envolvidos sejam responsabilizados por seus atos.

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.