O Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 15% pela quarta vez seguida, adiando a expectativa de corte de juros para além de janeiro de 2026. A decisão foi motivada por pressões no mercado de trabalho e inflação acima da meta, além de um cenário econômico global ainda incerto.
O Copom destacou que o crescimento econômico do Brasil segue moderado e o mercado de trabalho permanece resiliente, justificando a manutenção da política monetária mais rígida. Especialistas apontam que o início do afrouxamento dos juros deve ocorrer apenas em março, reforçando a cautela do BC para garantir a estabilidade da inflação.
O Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 15% pela quarta vez consecutiva, afastando a possibilidade de corte de juros já em janeiro de 2026. O Comitê de Política Monetária (Copom) destacou que o contexto global e interno ainda exige cautela, com pressões no mercado de trabalho e expectativas de inflação acima da meta.
No cenário externo, as incertezas relacionadas à política econômica dos Estados Unidos continuam impactando as condições financeiras globais. No âmbito doméstico, há sinais de crescimento econômico moderado e mercado de trabalho resiliente, o que mantém a política monetária em um patamar contracionista por tempo prolongado.
Para o economista Étore Sanchez, da Ativa Investimentos, o comunicado trouxe um tom neutro, reafirmando que a atividade econômica está alinhada às expectativas e que a inflação mostra sinais de arrefecimento. O Copom reforçou a necessidade de manter os juros elevados para garantir a convergência da inflação à meta.
Especialistas como Marcelo Bolzan avaliam que a comunicação do BC surpreendeu o mercado ao não abrir espaço para cortes em breve, empurrando a possibilidade para março. Gustavo Cruz, da RB Investimentos, acredita que a decisão pode desagradar parte do mercado e da ala política, que consideram os atuais juros elevados.
O Banco Central sinaliza que o início do afrouxamento monetário deve ocorrer depois do previsto, ressaltando a intenção de consolidar sua credibilidade por meio da manutenção rigorosa da Selic.
Via Money Times