Na última reunião do ano, o Copom decidiu manter a taxa Selic em 15% ao ano diante da inflação persistente e expectativas econômicas cautelosas.
O Banco Central ressaltou a necessidade de uma política monetária restritiva e prolongada para controlar a inflação, adiando o corte de juros para março de 2026, após o Carnaval.
O mercado de trabalho segue estável, mas riscos como inflação nos serviços, câmbio e o cenário fiscal brasileiro elevam a complexidade das decisões. Nos EUA, o Fed reduziu juros, mas o BC brasileiro permanece conservador.
Na última reunião do ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa Selic em 15% ao ano, refletindo o cenário atual de inflação resistente e expectativas que ainda não convergem para a meta. O Banco Central (BC) destacou a necessidade de uma política monetária bastante contracionista por período prolongado para garantir a convergência da inflação.
O mercado de trabalho permanece resiliente, mas a inflação, especialmente nos serviços, e a influência do câmbio mantêm os riscos elevados. O Comunicado reiterou a dificuldade do BC em flexibilizar os juros, mesmo com a inflação projetada para 3,2% no segundo trimestre de 2027, ligeiramente abaixo da estimativa anterior.
Além disso, fatores como o desaquecimento do mercado de trabalho, cenário fiscal instável e as eleições de 2026 acrescentam complexidade à política monetária. Por isso, o Copom não deve alterar a taxa na primeira reunião de 2026, com expectativa de corte somente em março, após o Carnaval.
Nos Estados Unidos, o Federal Open Market Committee (Fomc) reduziu os juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa entre 3,50% e 3,75% ao ano. A decisão foi marcada por divergências internas, mas o presidente Jerome Powell indicou que novos aumentos não estão no horizonte, o que animou os mercados.
Esses movimentos nos principais bancos centrais ilustram um momento de cautela e monitoramento, com estratégias para lidar com a inflação e o crescimento econômico.
Via Forbes Brasil