O preço da prata chegou a mais de US$ 62 a onça troy, quase dobrando seu valor em 2024. A valorização é sustentada por uma demanda industrial consistente, produção controlada e um cenário econômico favorável, segundo analistas.
Fatores como expectativa sobre decisões de juros do Fed e uso crescente do metal na indústria, especialmente em energia renovável e eletrônica, impulsionam a alta. A oferta restrita, agravada por tarifas e queda na extração global, limita o aumento da produção.
Embora a valorização intensa possa desacelerar, o mercado da prata deve seguir com preços elevados devido ao equilíbrio entre demanda crescente e oferta limitada, influenciando setores industriais globais.
O preço da prata alcançou níveis recordes, superando US$ 62 a onça troy em Nova York, quase dobrando em valor neste ano. Esse avanço é sustentado por uma demanda industrial estável, produção controlada e um cenário macroeconômico mais favorável, segundo a estrategista do ING, Ewa Manthey, que prevê média de US$ 55 para o próximo ano.
Um dos fatores que impulsionaram a valorização foi a expectativa sobre a decisão de juros do Fed, que chegou a incentivar apostas em cortes nas taxas, elevando as cotações da prata. O metal é bastante usado na indústria, especialmente em painéis solares, veículos elétricos e eletrônicos, e tende a ganhar força em momentos de crescimento econômico, superando o ouro em desempenho durante ciclos de afrouxamento monetário.
Além da demanda, as tarifas impostas pelo governo dos EUA provocaram uma realocação dos estoques globais, gerando um short squeeze e baixa nos estoques internacionais. A recente classificação da prata como mineral crítico pelo Serviço Geológico dos EUA reforça os riscos para a oferta, que enfrenta limitações estruturais, pois 70% a 80% da prata vem de minas de outros metais, dificultando aumentos significativos na produção.
Este ano, a extração global da prata caiu cerca de 3%, completando um déficit produtivo de cinco anos consecutivos. Embora o ritmo de valorização atual possa não se manter, os preços devem continuar elevados devido ao equilíbrio entre oferta restrita e demanda crescente.
Via Brazil Journal