As apostas esportivas ganharam grande popularidade no Brasil, com milhões de participantes, enquanto nos Estados Unidos cresce o uso de mercados de previsão, plataformas que transformam eventos em contratos financeiros.
Diferente das apostas, que têm odds fixas, os mercados de previsão operam como bolsas de valores, negociando contratos cujo valor varia conforme a probabilidade do mercado. No Brasil, esses mercados ainda não são autorizados pela legislação.
Nos EUA, empresas como a Kalshi são reguladas e oferecem segurança e transparência. No Brasil, as apostas seguem regras específicas, mas os mercados de previsão ainda enfrentam barreiras legais para operar.
A popularidade das apostas esportivas no Brasil cresceu bastante, com cerca de 17,7 milhões de brasileiros participando no primeiro semestre de 2025, conforme dados do Ministério da Fazenda. Ao mesmo tempo, nos Estados Unidos, outro modelo cresce: os mercados de previsão, plataformas reguladas que transformam eventos políticos e econômicos em contratos financeiros, negociados como ativos.
Entre essas plataformas está a Kalshi, fundada pela brasileira Luana Lopes Lara e o americano Tarek Mansour, ambos com 29 anos. A empresa atingiu uma avaliação de US$ 11 bilhões, o que fez dos dois bilionários. Diferente das apostas esportivas, que são jogos de azar com odds fixas e definidas pela casa, os mercados de previsão funcionam como bolsas de valores, onde o preço dos contratos varia conforme a percepção de probabilidade do mercado.
Na prática, os usuários compram e vendem contratos que pagam um valor fixo se o evento acontecer, como eleições ou indicadores econômicos. A Kalshi é regulada pela Commodity Futures Trading Commission (CFTC), o que garante que seus contratos estejam em conformidade com regras federais, incluindo proteção contra manipulação e transparência.
Enquanto as apostas brasileiras são supervisionadas por regulações específicas de jogos, os mercados de previsão funcionam como instrumentos financeiros. A operação da Kalshi, incluindo taxas e controles contra fraudes, é fiscalizada rigorosamente. Em contraste, há também mercados descentralizados baseados em blockchain, como o Polymarket, que operam sem supervisão federal e enfrentam controvérsias legais.
No Brasil, mercados de previsão ainda não são autorizados, pois a legislação não os enquadra como mercado financeiro ou jogo, diferentemente do cenário norte-americano, onde o segmento segue regras claras para proteger investidores e participantes.
Via Forbes Brasil