Brasil registra maior carga tributária em mais de 20 anos em 2024

Em 2024, Brasil alcança a maior carga tributária em 22 anos, chegando a 32,2% do PIB, segundo a Receita Federal.
13/12/2025 às 17:01 | Atualizado há 14 horas
               
Tributos federais, estaduais e municipais elevaram a carga tributária no ano passado. (Imagem/Reprodução: Infomoney)

Em 2024, o Brasil atingiu a maior carga tributária bruta em mais de duas décadas, chegando a 32,2% do Produto Interno Bruto (PIB). O índice cresceu 1,98 ponto percentual em relação ao ano anterior, conforme dados da Receita Federal. A revisão metodológica que excluiu contribuições ao FGTS e Sistema S alinhou o cálculo aos padrões internacionais.

O aumento da carga tributária ocorreu em todos os níveis de governo, com destaque para tributos federais como PIS/Pasep, Cofins, IRPF, IPI, IRPJ e CSLL. Nos estados, os impostos ICMS e ITCD tiveram as maiores elevações, enquanto no município o ISS subiu de forma mais tímida.

A participação da União na arrecadação chegou a 66,14%, enquanto a dos municípios ficou em 7,59% e a dos estados teve queda, chegando a 26,28%. Mesmo com a alta, a composição tributária brasileira ainda difere da média da OCDE, especialmente na menor cobrança sobre renda e propriedade.

O Brasil registrou em 2024 a maior carga tributária bruta (CTB) dos últimos 22 anos, alcançando 32,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Isso representa um aumento de 1,98 ponto percentual em comparação com 2023, quando o índice era de 30,22%, segundo dados da Receita Federal. Se não fosse pela mudança na metodologia que excluiu contribuições ao FGTS e ao Sistema S, o percentual teria chegado a 34,12%.

Essa revisão metodológica alinhou o cálculo brasileiro aos padrões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A Receita Federal justificou que o FGTS pertence aos trabalhadores, e os recursos do Sistema S não são geridos diretamente pelo governo.

O aumento dos tributos em 2024 ocorreu em todas as esferas governamentais. No âmbito federal, destacam-se as elevações nas contribuições para PIS/Pasep e Cofins, além do Imposto de Renda retido na fonte da pessoa física (IRPF), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), imposto de renda da pessoa jurídica (IRPJ) e contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL).

Nos estados, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD) tiveram as maiores altas. Já a tributação municipal, como o Imposto sobre Serviços (ISS), subiu menos, 0,09 ponto percentual.

A participação da União na arrecadação total chegou a 66,14%, a dos municípios foi de 7,59%, e a dos estados caiu para 26,28%, seu menor nível desde 2015. Apesar da carga tributária brasileira aproximar-se da média da OCDE, a composição difere, com menos cobrança sobre renda e propriedade.

Via InfoMoney

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