Na Rússia, homens eram maioria entre acusados de bruxaria ao contrário da Europa

Ao contrário da Europa, na Rússia, homens foram maioria entre acusados de bruxaria entre os séculos XVI e XVII.
13/12/2025 às 17:23 | Atualizado há 14 horas
               
A descrição destaca uma estatística incomum e sugere uma exceção cultural ou histórica, indicando que no país ao leste homens representavam um terço dos acusados na caça às bruxas, contrariando o padrão típico. (Imagem/Reprodução: Super)

Ao contrário da Europa, onde a bruxaria era associada principalmente a mulheres, na Rússia a maioria dos acusados eram homens. Entre 1530 e 1630, cerca de três em cada quatro perseguidos por bruxaria eram do sexo masculino, refletindo uma visão diferente do fenômeno.

Na Rússia, a bruxaria não estava ligada a pactos satânicos, mas a práticas cotidianas de magia, usadas tanto para cura quanto para prejudicar rivais. O sistema social russo valorizava uma hierarquia rígida que via esses homens como ameaça à ordem liderada pelo czar.

Essa distinção cultural amplia a compreensão sobre a caça às bruxas, mostrando que o fenômeno era percebido de formas diferentes conforme a cultura e crenças locais, especialmente entre a Europa ocidental e a Rússia.

Ao contrário da Europa, onde a imagem tradicional da bruxaria sempre esteve ligada a mulheres, na Rússia, a maior parte dos acusados eram homens. Estima-se que três em cada quatro pessoas perseguidas por bruxaria naquele país fossem do sexo masculino, mostrando uma diferença significativa na forma como esse crime era percebido e tratado.

Na Rússia, a perseguição atingiu o auge entre os anos 1530 e 1630, com cerca de 110 mil julgamentos e entre 40 mil e 60 mil condenações. Ao contrário das crenças católicas e protestantes da Europa, que associavam bruxaria a um pacto satânico e atividades misantrópicas, o cristianismo ortodoxo russo via a bruxaria de forma diferente, sem necessariamente ligar os acusados a um pacto com o diabo.

Os chamados bruxos russos praticavam uma magia cotidiana, que incluía desde curas até ações para prejudicar rivais, usando poções feitas de ervas, pedaços de animais e até terra de cemitério. Seus feitiços envolviam seres sobrenaturais do folclore e figuras religiosas, mas o diabo raramente era mencionado.

Uma das razões para a predominância de homens entre os acusados está ligada ao sistema social da Rússia, que valorizava uma hierarquia forte liderada pelo czar. A magia era vista como ameaça a essa ordem, e os homens, especialmente, eram considerados perigosos nesse contexto.

Assim, essa percepção da bruxaria como subversão social explica por que, enquanto a caça às bruxas na Europa foi centrada nas mulheres, na Rússia o foco foi diferente, ampliando a compreensão sobre o fenômeno em diferentes culturas.

Via Super

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