A China planeja lançar nesta terça-feira (16) o foguete reutilizável Longa Marcha 12A, a partir do centro espacial de Jiuquan. Essa missão visa testar o pouso controlado do primeiro estágio do veículo, uma tecnologia que permite seu reaproveitamento em lançamentos futuros. O lançamento acontece poucas semanas após a tentativa da empresa privada LandSpace com o foguete Zhuque-3, que alcançou a órbita, mas não conseguiu recuperar seu estágio inicial.
O foguete Longa Marcha 12A é uma versão modificada do Longa Marcha 12, que usa motores a metano em vez dos tradicionais a querosene, mantendo o diâmetro de 3,8 metros e configuração de dois estágios. Até o momento, o Longa Marcha 12 realizou quatro lançamentos desde novembro de 2024, todos com sucesso, mas descartando o estágio após o voo.
A adoção do foguete reutilizável faz parte da estratégia da China para ganhar competitividade na corrida espacial, especialmente diante dos avanços da SpaceX e sua tecnologia que permite pousos suaves e reaproveitamento dos foguetes Falcon 9. Este avanço viabilizou projetos comerciais robustos como a constelação Starlink, que conta com cerca de 8.000 satélites em órbita.
Além disso, a China mantém seu programa Guowang, uma megaconstelação de internet com 127 satélites, planejando expandir para 13 mil unidades. No próximo ano, o país prevê o voo inaugural do foguete lunar Longa Marcha 10 e da cápsula Mengzhou, voltados para missões tripuladas ao satélite natural da Terra.
O lançamento desta terça representa um passo importante na transição chinesa para reduzir custos e ampliar suas capacidades espaciais, alinhando-se ao padrão tecnológico global que valoriza a recuperação de estágios para tornar as operações mais eficientes.