A Bemisa, mineradora vinculada ao grupo Opportunity, está em destaque nas negociações para adquirir o Porto Sudeste e a Mineração Morro do Ipê, ativos que pertenciam ao projeto de Eike Batista. A empresa já assinou contrato de confidencialidade e iniciou auditoria dos ativos, que estão à venda pelo fundo Mubadala e pela trading Trafigura.
O negócio, avaliado em cerca de US$ 5 bilhões, também atrai interesse de grandes players como Vale, fundo Macquarie, mineradoras chinesas e investidores árabes. O Porto Sudeste opera a pouco mais de 40% de sua capacidade, enquanto a mina Morro do Ipê, localizada em Brumadinho, teve receita de R$ 970 milhões em 2024 e deve alcançar plena operação em 2026.
A aquisição integraria o porto ao sistema produtivo da Bemisa, que planeja expansão para 10 milhões de toneladas anuais até 2030. Entre os desafios da compra estão adaptações obrigatórias nas barragens e dívidas significativas do porto, mas o investimento reforça a presença da Bemisa no setor de mineração e logística no Brasil.
A Bemisa, mineradora ligada ao grupo Opportunity, do empresário Daniel Dantas, desponta como forte candidata a adquirir o Porto Sudeste e a Mineração Morro do Ipê, atualmente à venda pelo fundo Mubadala e pela trading Trafigura. A empresa já assinou contrato de confidencialidade (NDA), iniciando a auditoria dos ativos, conforme fontes próximas às negociações.
O negócio é avaliado em torno de US$ 5 bilhões, com outras interessadas como a Vale, o fundo Macquarie, mineradoras chinesas e investidores árabes também participando da análise. O Porto Sudeste, projeto de Eike Batista, tem capacidade para movimentar 50 milhões de toneladas/ano, porém opera a pouco mais de 40% desse volume.
A Mineração Morro do Ipê, em Brumadinho (MG), engloba as minas Ipê e Tico-Tico e tem previsão de atingir plena operação no primeiro trimestre de 2026. Em 2024, sua receita foi de R$ 970 milhões com 3,5 milhões de toneladas produzidas.
A aquisição integraria a operação portuária ao sistema produtivo da Bemisa, que já investe em expansão com o projeto Pedra Branca, para ampliar sua produção para 10 milhões de toneladas/ano até 2030. O complexo permitiria escoamento via ferrovia MRS até o Porto Sudeste, na Baía de Sepetiba (RJ).
Entre os desafios da negociação estão a necessidade de adaptação das barragens da Morro do Ipê às normas da Agência Nacional de Mineração (ANM) e a dívida do Porto Sudeste, estimada em R$ 7,5 bilhões até 2037, com vários bancos credores.
O projeto reforça os planos da Bemisa de aumentar sua atuação na mineração e logística, incorporando ativos essenciais para o mercado de minério de ferro no Brasil.
Via InfoMoney