O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy anunciou que o país desistiu de buscar a adesão à Otan, focando em garantias de segurança oferecidas por aliados ocidentais como EUA, Europa e Canadá.
Essa decisão visa facilitar o fim da guerra com a Rússia, cumprindo uma exigência de Moscou para que a Ucrânia renuncie oficialmente à entrada na aliança militar internacional.
Enquanto isso, Ucrânia e países parceiros discutem um plano de cessar-fogo e estratégias para manter a segurança, sem iniciar conversas diretas com a Rússia, diante dos ataques recentes.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy anunciou que a Ucrânia abriu mão de sua meta de ingressar na Otan em troca de garantias de segurança ocidentais. A mudança busca facilitar um caminho para o fim da guerra com a Rússia, marcando uma reviravolta após anos de busca pela adesão que estava, inclusive, na Constituição do país.
Zelenskiy explicou que, em vez da adesão, o compromisso agora são garantias bilaterais juridicamente vinculativas oferecidas pelos Estados Unidos, Europa, Canadá, Japão e outros parceiros. Essas garantias funcionariam como salvaguardas para impedir futuras invasões russas, aproximando-se do conceito do Artigo 5 da Otan, que protege seus membros em caso de ataque.
Esse movimento também atende a uma das exigências de Moscou, que insiste que a Ucrânia deve renunciar oficialmente à Otan, garantir neutralidade e abdicar do controle sobre parte do Donbas. Moscou busca um documento formal dos países ocidentais comprometendo-se a não expandir a aliança para o leste, excluindo Ucrânia, Geórgia e Moldávia.
Enquanto isso, Zelenskiy se reúne em Berlim com representantes dos EUA e Europa para discutir um plano de 20 pontos visando um cessar-fogo, possivelmente nas atuais linhas de frente. O chanceler alemão Friedrich Merz promove um encontro de líderes europeus para apoiar essas negociações. A Ucrânia, entretanto, mantém a posição de não dialogar diretamente com a Rússia.
No cenário externo, líderes europeus buscam reforçar o suporte financeiro a Kiev utilizando ativos congelados da Rússia. A tensão segue alta, com ataques russos afetando infraestrutura essencial da Ucrânia, segundo Zelenskiy.
Via Money Times