STF julga pontos da reforma da Previdência sobre aposentadoria por doença

STF inicia julgamento sobre mudanças na aposentadoria por incapacidade da reforma da Previdência de 2019 e impacto para trabalhadores e servidores.
15/12/2025 às 12:44 | Atualizado há 22 horas
               
STF avalia mudanças nas regras da reforma da Previdência de 2019 nesta semana. (Imagem/Reprodução: Moneytimes)

O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a analisar ações que questionam a reforma da Previdência de 2019, especialmente sobre a aposentadoria por incapacidade e benefícios ligados à saúde. A decisão pode afetar trabalhadores do setor privado e servidores públicos.

O julgamento aborda a fórmula de cálculo do benefício, que passou a ser de 60% da média salarial mais 2% por ano de contribuição além dos 20 anos, reduzindo os valores pagos. Também está em pauta a contribuição previdenciária dos servidores públicos aposentados por incapacidade e as regras para aposentadoria especial de trabalhadores expostos a agentes nocivos.

Essa revisão pode reverter cortes em benefícios e contribuições. Para o governo, a mudança representa um custo fiscal alto, próximo de R$ 500 bilhões. O resultado do julgamento pode alterar regras importantes do sistema previdenciário para pessoas incapacitadas para o trabalho.

O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta semana a análise de três ações que questionam pontos centrais da reforma da Previdência de 2019, especialmente relacionadas à aposentadoria por incapacidade e benefícios vinculados à condição de saúde para o trabalho. A decisão pode afetar diretamente a renda de trabalhadores do setor privado e servidores públicos.

Um dos focos está na fórmula de cálculo da aposentadoria por incapacidade permanente, que substituiu o antigo benefício por invalidez. Antes da reforma, o valor era integral, baseado na média das contribuições. Após as mudanças, o benefício corresponde a 60% da média salarial, acrescido de 2% para cada ano que ultrapassar 20 de contribuição, causando redução nos valores pagos.

Outra questão sob julgamento refere-se à contribuição previdenciária de servidores públicos aposentados por incapacidade. A reforma eliminou a isenção para aqueles com renda até duas vezes o teto do INSS, regra vigente antes de 2019, o que motivou questionamento sobre a proteção constitucional de grupos vulneráveis.

Além disso, o STF analisa as exigências de idade mínima para aposentadoria especial de trabalhadores expostos a agentes nocivos, alteradas pela reforma para 55, 58 ou 60 anos, conforme o tempo de contribuição.

Para o governo federal, a possível revogação dessas alterações representa um custo fiscal estimado em quase R$ 500 bilhões. Para os segurados, a revisão poderia reverter reduções em benefícios e contribuições.

O julgamento está programado para começar na quarta-feira (17) e pode redefinir importantes regras do sistema previdenciário quanto à proteção de pessoas incapacitas para o trabalho.

Via Money Times

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