Preços da picanha e filé mignon caem em 2025, mas alta na carne é esperada para 2026

Entenda a queda dos preços da picanha em 2025 e a previsão de alta gradual da carne bovina em 2026 no Brasil.
17/12/2025 às 06:41 | Atualizado há 2 semanas
               
Cortes nobres tiveram queda em 2025, mas alta oferta futura pode elevar os preços. (Imagem/Reprodução: Investnews)

Os preços da picanha e do filé mignon devem cair em 2025, refletindo maior oferta e ajustes do mercado de carne bovina no Brasil.

Especialistas alertam para alta gradual dos valores em 2026, devido à mudança no ciclo pecuário, com menor oferta de bois para abate e influência da demanda externa.

Apesar do aumento esperado, a alta será moderada, mantendo a competitividade da carne brasileira e evitando reajustes bruscos no varejo.

Os preços da carne bovina no Brasil devem começar a subir gradualmente em 2026, segundo especialistas do setor. Após um período de até dois anos com picanha e filé mignon mais baratos, a chamada virada do ciclo pecuário apontará para uma menor oferta de bois para abate, pressionando os valores. Esse ciclo acontece quando, após um período de alta oferta, a produção diminui pela menor reposição de bezerros, o que reduz o volume disponível para o mercado.

Embora a alta seja esperada, ela deve ocorrer de forma moderada, sem choques bruscos como os vistos em 2021 e 2022. A demanda externa, especialmente da China, que exige animais mais jovens, tem influenciado o mercado e mantido a pressão nos preços. Em 2024, a arroba do boi apresentou alta de cerca de 13% em dólar, evidenciando esse movimento.

Mesmo com o aumento do custo, a carne bovina brasileira continua competitiva em relação ao mercado internacional, mantendo a atratividade para exportadores e evitando aumentos significativos imediatos no varejo. Cortes como hambúrguer e carne moída vão refletir as mudanças antes que os cortes nobres sintam o impacto, o que ocorre de forma gradual.

O consumidor pode esperar reajustes no preço da carne, ainda que menos intensos que em momentos anteriores. Fatores como câmbio, economia interna e decisões chinesas sobre importações podem influenciar o ritmo dessas alterações. Enquanto outros tipos de proteína, como frango e suína, também devem ter reajustes, eles serão limitados pela capacidade de compra da população.

Para quem acompanha o mercado, o cenário indica uma estabilidade relativa, mas com a clara tendência de preço da carne subir ao longo de 2026.

Via InvestNews

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.