Destino dos R$ 41 bilhões dos CDBs do Banco Master após liquidação

R$ 41 bilhões liberados pelo FGC após liquidação do Master devem movimentar crédito privado e títulos públicos.
17/12/2025 às 08:42 | Atualizado há 5 dias
               
Investidores se preparam para alocar R$ 41 bi após liberação do Fundo Garantidor. (Imagem/Reprodução: Braziljournal)

O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) deve liberar cerca de R$ 41 bilhões referentes ao pagamento dos CDBs do Banco Master, liquidado em novembro. Plataformas e assessores de investimento já se organizam para realocar esse montante no mercado financeiro.

A maior parte dos recursos deve ser direcionada ao crédito privado e títulos públicos, embora o volume elevado possa pressionar as taxas de juros no mercado. Além disso, fundos imobiliários são uma alternativa considerada, especialmente diante da expectativa de redução da Selic em 2026.

O mercado acionário, por sua vez, está sendo evitado pelos assessores devido à volatilidade e riscos, apesar da alta significativa do Ibovespa este ano. A liberação dos valores deve ocorrer aproximadamente 30 dias úteis após a liquidação do banco.

Plataformas e assessores de investimento estão se organizando para a realocação dos R$ 41 bilhões que o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) deverá liberar após o pagamento dos CDBs do Banco Master, liquidado em novembro. Esse valor é considerável diante do volume diário de negociações na B3, que gira em torno de R$ 25 bilhões, enquanto o mercado secundário de debêntures movimenta cerca de R$ 3 bilhões por dia e o de títulos públicos, R$ 15 bilhões.

A projeção é que a maior parte desse montante seja direcionada para o mercado de crédito privado e títulos públicos, embora o volume possa provocar um fechamento das taxas de juros por conta da demanda elevada. Segundo um executivo de importante assessoria, não há produtos suficientes para absorver essa demanda sem afetar as condições do mercado.

Parte dos assessores já planeja recomendar investimentos em fundos imobiliários, que comercializam cerca de R$ 300 milhões diários e são vistos como beneficiários da possível redução da Selic em 2026. O impacto no mercado imobiliário pode ser suficiente para valorizar cotas mesmo com aportes modestos.

Por outro lado, a Bolsa está praticamente afastada das recomendações para esses recursos. O receio de volatilidade, especialmente após a alta de 33% no Ibovespa este ano e a complexidade que o FGC representa para investidores, fez com que assessores descartassem indicações de ações. “Não vamos sugerir investimentos de risco para esse perfil,” afirmou Rodrigo Imperatriz, CEO da Nomos.

Os recursos do FGC devem ser liberados cerca de 30 dias úteis após a liquidação do Banco Master, ocorrida em 18 de novembro, com os rendimentos dos CDBs calculados até essa data.

Via Brazil Journal

Artigos colaborativos escritos por redatores e editores do portal Vitória Agora.