O acordo entre Mercosul e União Europeia, esperado para ser assinado em Foz do Iguaçu, foi prorrogado para janeiro. Pressões políticas internas, especialmente de países europeus como França e Itália, que buscam proteger o setor agrícola, são um dos fatores que dificultam o consenso.
Além disso, questões ambientais, como os controles sobre produtos do Mercosul, e eventos como incêndios florestais e a pandemia contribuem para o adiamento das negociações, que começaram em 1999 e continuam em aberto.
Esse impasse impacta setores importantes, como saúde, agronegócio e indústria automotiva, que aguardam a redução de tarifas e maior acesso ao mercado europeu. O futuro do acordo deve ser decidido até 2026, diante da necessidade de equilíbrio entre proteção comercial e integração econômica.
A assinatura do acordo Mercosul-União Europeia, esperada para o próximo sábado em Foz do Iguaçu, foi adiada para janeiro, informou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Após quase 30 anos de negociações, o pacto que criaria a maior zona de livre comércio global enfrenta pressões políticas internas dos dois lados.
O governo brasileiro queria fechar o acordo já neste fim de semana, com o presidente Lula ameaçando endurecer a postura nas relações com a UE caso o documento não seja assinado. Do outro lado, França e Itália pressionam para proteger o setor agrícola europeu, temendo a concorrência dos produtos do Mercosul.
As negociações começaram em 1999 e foram interrompidas em 2004, retomadas em 2010 e tiveram um acordo preliminar assinado em 2019. Contudo, os documentos ainda precisam ser ratificados pelos parlamentos, o que gerou novos ajustes devido a preocupações ambientais e políticas internas nos países europeus.
Incêndios florestais e a pandemia atrasaram o processo, assim como a mudança de governos com agendas menos liberais em alguns países da UE. O acordo atual tem salvaguardas que aumentam os controles sobre produtos do Mercosul para atender aos critérios ambientais europeus.
Setores como saúde, agronegócio e indústria automotiva podem se beneficiar com a redução de tarifas e maior acesso a produtos e investimentos. O acordo estimula a concorrência e abre espaço para parcerias empresariais entre europeus e países do Mercosul.
A expectativa é que as negociações continuem até 2026, deixando o futuro do pacto em aberto e evidenciando o equilíbrio delicado entre proteção comercial e integração econômica.
Via InfoMoney