A ilha vulcânica no Mediterrâneo que desapareceu e reapareceu várias vezes

Conheça a ilha vulcânica entre Sicília e Tunísia que surge e desaparece no Mar Mediterrâneo devido à atividade do vulcão Empédocles.
19/12/2025 às 16:41 | Atualizado há 15 horas
               
A descrição desperta curiosidade sobre uma ilha misteriosa e desaparecida há quase dois séculos. (Imagem/Reprodução: Super)

Entre Sicília e Tunísia, no Mar Mediterrâneo, existe uma ilha vulcânica que já desapareceu e ressurgiu pelo menos quatro vezes nos últimos 2.300 anos. Sua formação é causada por erupções do vulcão Empédocles, cujo topo está atualmente submerso.

A ilha surge quando o magma se solidifica em contato com a água, mas o mar acaba desgastando suas rochas até fazê-la desaparecer. Em 1831, a ilha chegou a atrair visitantes e teve uma bandeira hasteada pelo Reino das Duas Sicílias, mas sumiu em menos de seis meses.

Ainda hoje, o local é marcado em mapas náuticos por representar perigo aos navios. Essa história revela a força da natureza e o interesse geopolítico em territórios estratégicos mesmo temporários.

Entre a Sicília e a Tunísia, no Mar Mediterrâneo, existe uma ilha singular que desapareceu e ressurgiu pelo menos quatro vezes nos últimos 2.300 anos. Conhecida por nomes variados, como Graham Island, Isola Ferdinandea e L’île Julia, sua presença é resultado da atividade do vulcão Empédocles, cujo topo atualmente fica nove metros abaixo da superfície.

Essa ilha vulcânica surge quando o magma expelido pelo vulcão se solidifica em contato com a água. Com o fim da erupção, o mar desgasta as rochas, fazendo a ilha desaparecer novamente. Essa dinâmica gerou disputas pela posse do território, principalmente no século 19, quando a ilha voltou a emergir em 1831.

Naquele ano, após sinais como mortandade de peixes e cheiro de enxofre, pescadores viram fumaça saindo do mar. Em poucos dias, a ilha cresceu o suficiente para que fosse hasteada uma bandeira do Reino das Duas Sicílias. Com cerca de 1.528 metros de diâmetro e 63 metros de altura, chegou a atrair visitantes, mas sumiu em menos de seis meses.

Em 2000, sinais de nova atividade vulcânica levaram a uma ação simbólica italiana para marcar o território submerso, com uma placa de mármore que logo foi destruída pelo mar. A presença da ilha continua em mapas náuticos devido ao perigo para navios, já que seus fundos são rasos em comparação com a profundidade usada pelas embarcações.

Essa história de aparições e desaparecimentos mostra a complexidade das forças naturais e o interesse geopolítico em territórios estratégicos, mesmo os que só aparecem esporadicamente.

Via Super

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