Pesquisadores criam sensor infravermelho portátil inspirado na visão térmica das cobras

Cientistas desenvolvem sensor portátil que capta calor como cobras, com alta resolução e aplicação em smartphones.
20/12/2025 às 17:02 | Atualizado há 18 horas
               
Órgãos térmicos das víboras inspiram câmera 4K para celulares do futuro. (Imagem/Reprodução: Super)

Cientistas chineses desenvolveram um sensor infravermelho portátil inspirado na capacidade térmica das víboras-de-fosseta, cobras que enxergam o calor das presas no escuro. O dispositivo amplia em 14 vezes a frequência da luz visível ao olho humano, possibilitando imagens em alta resolução mesmo em ambientes com pouca luz.

A tecnologia combina camadas de nanopartículas que detectam radiação infravermelha e filtros que removem ruídos causados pelo aquecimento do sensor. O resultado é uma imagem 4K projetada com luz verde, convertida por semicondutores em imagens nítidas.

Esse sensor compacto tem potencial para uso em smartphones, câmeras, equipamentos de visão noturna e agricultura de precisão, graças ao seu baixo custo e ao design que minimiza problemas com calor, dispensando sistemas de refrigeração grandes.

Cientistas desenvolveram um sensor infravermelho portátil inspirado na visão térmica das cobras, que pode futuramente ser integrado a dispositivos como celulares. Essas cobras, conhecidas como víboras-de-fosseta, possuem órgãos sensoriais próximos às narinas que captam o calor emitido por presas mesmo no escuro, criando uma “segunda visão” em infravermelho, faixa invisível ao olho humano.

A inovação dos pesquisadores chineses utiliza um sistema que amplia em 14 vezes as frequências de luz perceptíveis aos humanos, permitindo capturar imagens de alta resolução em ambientes com pouca visibilidade. A tecnologia combina camadas de nanopartículas de mercúrio e telúrio, responsáveis por detectar radiação infravermelha, com filtros que eliminam ruídos causados pelo aquecimento do próprio sensor.

Após essa filtragem, a informação é projetada em 4K sobre um disco compacto de cerca de 20 centímetros. O processo inclui a conversão em luz verde através de moléculas fosforescentes e o uso de semicondutores de silicone, que transformam essa energia em imagens visuais nítidas.

A principal dificuldade superada pela pesquisa foi lidar com o calor gerado pelo próprio sensor, que normalmente interfere na detecção do infravermelho. O design em camadas minimiza esse problema sem a necessidade de sistemas de refrigeração volumosos.

Além da aplicação em smartphones, o sensor pode ser útil em câmeras, equipamentos de visão noturna, agricultura de precisão e inspeção industrial, graças ao seu tamanho compacto e ao custo relativamente baixo de produção.

Via Super

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